
Dourados, a 250 kmde Campo Grande, agora conta com um setor exclusivo de Antropologia Forense, implantado no Núcleo Regional de Medicina Legal (NRML). O objetivo é dar mais agilidade e precisão aos laudos periciais, especialmente em casos envolvendo corpos carbonizados, esqueletizados ou em decomposição avançada.

A novidade, implementada pela Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, é a primeira do tipo fora da Capital e marca um avanço importante no atendimento pericial da região sul do Estado.
Novo setor de Antropologia Forense em Dourados promete acelerar identificação de corpos em estado avançado de decomposição
A Antropologia Forense é uma especialidade usada quando métodos convencionais de identificação não são possíveis. Por meio da análise de ossos, como crânio e pelve, os peritos conseguem estimar o sexo, idade e até sinais que indiquem a causa da morte.
“É um trabalho detalhado, que exige reconstruir o esqueleto peça por peça, como um quebra-cabeça”, explicou o chefe do núcleo, Guido Vieira Gomes. Esse tipo de estudo também direciona a coleta de DNA para identificar vítimas e ajuda a encerrar a angústia de famílias que aguardam por respostas.
O novo setor foi equipado com instrumentos específicos para medições, câmeras para registro fotográfico e conta com apoio de um tomógrafo já instalado no núcleo. Com esses recursos, os exames se tornam mais precisos e entregam laudos mais completos à Justiça.
Além de atender a cidade de Dourados, o núcleo dará suporte a outras regiões do sul do Estado. Há ainda expectativa de uma parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), o que deve fortalecer a formação de profissionais e o desenvolvimento técnico do setor.
Segundo o médico-legista, a criação do núcleo representa um passo importante para modernizar os serviços da Polícia Científica e garantir respostas mais rápidas e humanas em casos de desaparecimento e mortes violentas.
