Mato Grosso do Sul celebra o Dia Mundial do Turismo, nesta sexta-feira (27), como uma referência internacional em turismo de natureza e sustentabilidade. Signatário do primeiro manual global de adaptação climática para destinos turísticos, no âmbito da Declaração de Glasgow, o estado consolidou-se como protagonista em iniciativas que conciliam conservação ambiental, desenvolvimento econômico e valorização das comunidades locais.
Os dois destinos mais emblemáticos são Bonito e o Pantanal, que colocaram o estado no mapa mundial do ecoturismo.
Desde os anos 1980, Bonito adota práticas pioneiras de ordenamento turístico, como o voucher único, a obrigatoriedade de guias de turismo e o licenciamento ambiental baseado na capacidade de carga dos atrativos. Essas medidas, somadas à atuação do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), transformaram a cidade em um exemplo internacional de gestão sustentável.
A consagração veio em 2022, quando Bonito se tornou o primeiro destino de ecoturismo do mundo certificado como carbono neutro. Hotéis, restaurantes e atrativos aderiram a programas de certificação como Clima Positivo e Lixo Zero. Projetos comunitários, como o Bonito Cidade Ecocriativa, reforçam o engajamento da população local. Não à toa, o município já foi eleito 18 vezes o melhor destino de ecoturismo do Brasil pela revista Viagem & Turismo.
Maior planície alagável do planeta, o Pantanal abriga uma das concentrações mais ricas de fauna da América do Sul. A região é destaque pelo turismo de observação, com roteiros que incluem onças-pintadas, lodges, barcos-hotel e fazendas adaptadas ao turismo de natureza.
A atividade turística é desenvolvida em harmonia com práticas de conservação e pecuária tradicional, além de investimentos em energia limpa, gestão de resíduos e capacitação de trabalhadores locais. Essa combinação tem reforçado o Pantanal como destino internacional de ecoturismo, equilibrando geração de renda, valorização cultural e proteção ambiental.
O diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Bruno Wendling, destaca que o estado vai além de Bonito e Pantanal. Ele cita atrativos como o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, a Costa Leste, a rota Cerrado-Pantanal (Costa Rica, Alcinópolis, Rio Verde e Coxim), as regiões de fronteira e a capital Campo Grande, que se destaca pela diversidade gastronômica e cultural.
“É um dia de comemoração da atividade que transforma territórios. Mato Grosso do Sul reforça sua liderança em turismo responsável, com destinos reconhecidos em todo o mundo, e também com novas rotas que mostram a diversidade do estado”, disse Wendling.
O protagonismo do estado em premiações e debates internacionais confirma seu papel como referência em turismo sustentável. Para Wendling, o futuro da atividade está na responsabilidade, na inovação e no engajamento comunitário.
“Temos muito a comemorar e fortalecer cada vez mais a nossa atividade, reconhecendo sua importância para a economia, para a inclusão e para a conservação dos nossos ativos naturais. Viva o turismo!”, concluiu.
