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01 de dezembro de 2025 - 18h43
MUNDO

Candidato conservador recebe apoio de Trump em Honduras

Nasry Asfura lidera disputa apertada com Salvador Nasralla; candidata governista Rixi Moncada fica atrás

1 dezembro 2025 - 18h00Redação O Estado de S. Paulo*
Nasry Asfura recebe apoio de eleitores e do presidente Donald Trump durante a campanha presidencial em Honduras.
Nasry Asfura recebe apoio de eleitores e do presidente Donald Trump durante a campanha presidencial em Honduras. - (Foto: Lucas Aguayo/AFP/Getty Images)

Nasry Asfura, do Partido Nacional, é o candidato conservador apoiado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na disputa presidencial de Honduras. Com cerca de 55% dos votos apurados na manhã desta segunda-feira, 1º, Asfura soma aproximadamente 40% dos votos, mantendo uma diferença de menos de 5 mil votos para Salvador Nasralla, do Partido Liberal, que registra 39,78%. A candidata de esquerda Rixi Moncada, do partido governista Libre, tem 19,18%.

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As ruas da capital, Tegucigalpa, permaneceram tranquilas durante a contagem dos votos. Tanto Asfura quanto Nasralla afirmaram que ainda era cedo para declarar vitória, enquanto Moncada questionou os resultados preliminares, alegando suspeita de manipulação.

Com 67 anos, Nasry “Tito” Asfura é empresário da construção civil e ex-prefeito de Tegucigalpa. Ele se apresenta como um político pragmático, destacando projetos de infraestrutura, e recebeu apoio direto de Trump, que prometeu trabalhar com ele contra os “narcocomunistas” e anunciou perdão ao ex-presidente Juan Orlando Hernández, condenado por tráfico de drogas nos EUA.

Salvador Nasralla, comentarista esportivo de 72 anos, disputa a presidência pela quarta vez, mantendo discurso de combate à corrupção e se apresentando como outsider. Rixi Moncada, advogada e ex-ministra, é a candidata do partido de governo Libre. Durante a campanha, Moncada associou os adversários conservadores a Hernández e enfatizou seu alinhamento com a presidente Xiomara Castro, mantendo relações com o governo de Nicolás Maduro.

O apoio de Trump a Asfura gerou críticas de Moncada e Nasralla, que tentaram capitalizar politicamente o perdão a Hernández. Analistas apontam que, embora o gesto pudesse favorecer Asfura, também poderia associá-lo a uma figura impopular, prejudicando sua candidatura.

A fase final da eleição foi marcada por acusações de fraude entre os três candidatos, despertando alertas de observadores internacionais sobre a integridade do pleito. União Europeia e Organização dos Estados Americanos acompanham o processo de perto. Christopher Landau, então subsecretário de Estado dos EUA, afirmou que Washington reagiria “rápida e decisivamente” a qualquer tentativa de comprometer a eleição.

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