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DESASTRES AÉREOS

Na data de hoje, desaparecimento do voo 447 da Air France completa 7 anos

Não houve nenhum sobrevivente. Das 228 pessoas que estavam abordo, 12 eram tripulantes, um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens

31 maio 2016 - 12h00Da redação
A cantora soprano brasiliense, Juliana de Aquino de 29 anos, estava no AF 447 da Air France
A cantora soprano brasiliense, Juliana de Aquino de 29 anos, estava no AF 447 da Air France - Reprodução
 

No dia 31 de maio de 2009, estavam a bordo 228 pessoas no voo 447 da Air France, que faria o trecho Rio de Janeiro- Paris. No entanto, um desastre aéreo fez com que o Airbus A330-203 caísse sobre o Oceano Atlântico vitimando todos os passageiros.

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O acidente aéreo ocorreu na noite de 31 de maio para o dia 1º de junho de 2009. O Airbus A330 partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão às 19h29, e deveria chegar ao Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle às 10h34. O último contato humano com a tripulação foram mensagens de rotina enviadas aos controladores de terras brasileiras cerce de 3h06 após o início do voo.

Quando o avião se aproximava do limite de vigilância dos radares brasileiros, cruzando o Oceano Atlântico, seguindo para a costa senegalesa, onde voltaria a ser coberto por radares, ele desapareceu. Quarenta minutos mais tarde, uma série de mensagens automáticas emitidas pelo ACARS (Sistema Dirigido de Comunicação e Informação da Aeronave) foram enviadas pelo avião, indicando problemas elétricos e de perda da pressurização da cabine da aeronave, sem que houvessem outras indicações de problemas.

A não-aparição da aeronave nos radares senegaleses em ambos os lados do Oceano Atlântico deu início à busca pelo avião. Posteriormente, o Ministro dos Transportes da França, Jean-Louis Borloo, admitiu que "a situação era alarmante" e que a aeronave deveria ser dada como desaparecida já que, pelo tempo decorrido, teria esgotado suas reservas de combustível.

Em 2 de junho foram reportadas observações aéreas e marítimas de destroços no oceano, perto da última localização conhecida do aparelho. O Brasil enviou cinco navios para o local, dentre os quais um navio-tanque para prolongar as buscas na área. O porta voz da marinha brasileira afirmou que a existência de destroços poderia ser um indício de haver sobreviventes.

Na tarde de 2 de junho, o ministro da defesa do Brasil, Nelson Jobim, confirmou a queda do avião no Oceano Atlântico, na área onde foram avistados os destroços. Na noite de 2 de junho, o presidente brasileiro em exercício, José Alencar, tendo em vista a localização do acidente em alto-mar, decretou luto nacional por três dias, em memória às vítimas da tragédia. E no dia 3 de junho, o Estado Maior do Exército francês confirmou que os destroços encontrados pertenciam ao Airbus desaparecido.

Não houve nenhum sobrevivente. Dos 228 passageiros que estavam abordo, 12 eram tripulantes, um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens.

Resultado das Investigações:

Em 5 de julho de 2012, o BEA (Birô de Investigações e Análises), órgão do governo francês responsável pelas investigações, apresentou seu relatório final. Nele, o órgão aponta que a tragédia foi causada por uma combinação de erros de avaliação dos pilotos, com problemas técnicos ocorridos por congelamento nos sensores de velocidade. Segundo o relatório as sondas Pitot, obstruídas por cristais de gelo, não conseguiram informar a velocidade correta da aeronave, o que causou a desconexão do piloto automático e em seguida diversos erros de avaliação dos pilotos. “Este acidente resultou de um avião ter sido retirado de seu ambiente operacional normal por uma equipe que não tinha entendido a situação”, Jean-Paul Troadec - Diretor do BEA.

A principal associação de pilotos da França posicionou-se contra o relatório, dizendo que os tripulantes não podiam ser responsabilizados como principais responsáveis da tragédia. Uma segunda investigação de especialistas foi ordenada pelas juízas Sylvia Zimmermann e Sabine Kheris, após a primeira peritagem apresentada em julho de 2012 às famílias das vítimas.

Em abril de 2014, foi anunciado que a queda do voo Rio-Paris da Air France deveu-se a "uma reação inadequada da tripulação após a perda momentânea das indicações de velocidade". As conclusões do relatório de peritagem judicial especificam uma conjugação de fatores: erros humanos, falhas técnicas, procedimentos inadequados e condições meteorológicas adversas.

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