
Defendido pela Assotaxi - associação dos taxistas auxiliares - o início da operação do Uber em Campo Grande significaria uma melhora expressiva nas frotas de condições precárias em atividade na capital. É o que acreditam os 750 motoristas sem alvará que trabalham para cerca de dez frotas apenas.

Segundo eles, a transição para o Uber, em que cada motorista é autônomo e dono de seu próprio veículo, iria incrementar o padrão dos veículos.
Em Campo Grande, o alvará - concessão intransferível da prefeitura para que alguém seja taxista - é concentrado nas mãos de poucos proprietários.
Antes de apoiarem o Uber, os motoristas auxiliares conhecidos como Curiangos pediram a concessão de mais alvarás. Em 2013, o prefeito Alcides Bernal ( PP), sinalizou que iria concedê-las. No entanto, desde então, a situação pouco mudou. Em novembro de 2015, a prefeitura suspendeu a transferência de alvarás com a justificativa de “avaliar mudanças na lei”. Entre elas, evitar o monopólio das autorizações.
Em dezembro de 2015, um Projeto de Lei que propunha proibir o transporte remunerado de passageiros em veículos particulares, por meio de aplicativos que não estivessem cadastrados e regulamentados pelo poder público, foi vetado pelo governo do Estado, após ser aprovado na Assembleia Legislativa. No entanto, ainda está em tramitação na Câmara Municipal da capital outro PL, que pretende proibir a regulamentação do Uber na cidade.
O Uber não quis comentar sobre possíveis planos de instalação do serviço na capital.
