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VEÍCULOS FURTADOS

Mulher é presa no Paraguai com veículos furtados usados em execução na fronteira

Celeida Acosta Segovia, de 43 anos, foi detida em Capitán Bado com uma Mercedes-Benz roubada no Brasil e uma picape usada em atentado que matou duas pessoas

17 julho 2025 - 08h45Redação
Celeida Acosta Segovia é conduzida por agentes da Polícia Nacional do Paraguai após ser presa em Capitán Bado, suspeita de receptação de veículos furtados usados em execução na fronteira com o Brasil
Celeida Acosta Segovia é conduzida por agentes da Polícia Nacional do Paraguai após ser presa em Capitán Bado, suspeita de receptação de veículos furtados usados em execução na fronteira com o Brasil - (Foto: Divulgação)

A polícia do Paraguai prendeu ontem (16), Celeida Acosta Segovia, 43 anos, acusada de receptação por estar em posse de dois veículos furtados no Brasil. Ela foi localizada no bairro Obrero, em Capitán Bado, com uma Mercedes-Benz branca, modelo 2008, roubada em Lajeado (Rio Grande do Sul), e uma Volkswagen Saveiro prata.

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Segundo Celeida, a caminhonete blindada usada na execução de duas pessoas no dia anterior também esteve em sua casa, deixada como garantia de uma dívida por um conhecido.

O duplo homicídio aconteceu na tarde da última quarta-feira (15), no bairro San Roque, em Capitán Bado, cidade próxima a Coronel Sapucaia (MS), na fronteira com o Brasil. As vítimas, Alxi Javier Escurra Rodriguez, de 25 anos, e Sebastián Gonzalez Espínola, de 37, estavam em um Volkswagen Polo Track quando foram cercadas por quatro homens armados que dispararam contra eles.

Alxi foi atingido por oito tiros e Sebastián por dezesseis, conforme o laudo preliminar. Após o ataque, os pistoleiros incendiaram a SUV utilizada no crime, que ficou destruída, e também queimaram o carro das vítimas. Câmeras de segurança mostram que o grupo fugiu em outro veículo, possivelmente um Volkswagen Polo cinza, e atravessou a fronteira para o Brasil.

Na mesma noite, Javier Contrera Pavón, 31 anos, se entregou à polícia e admitiu ter sido o último proprietário da caminhonete blindada, alegando tê-la vendido dias antes para uma pessoa desconhecida. Ele foi preso por receptação, e seu celular foi apreendido para investigação.

Segundo o jornal Última Hora, Alxi Escurra era sobrinho de Felipe Barón Escurra, apontado como líder do narcotráfico em Capitán Bado e ligado à facção Comando Vermelho.

As autoridades paraguaias investigam se o duplo homicídio tem relação com a execução de Francisco Willams da Silva, 33 anos, e sua esposa Camila Barros Barboza, 35, mortos a tiros em 12 de julho em Coronel Sapucaia.

A polícia do Paraguai solicitou apoio à Polícia Civil brasileira para identificar os veículos usados na fuga e localizar os envolvidos no crime.

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