Mato Grosso do Sul está prestes a liderar uma política pública de alcance nacional: até 2026, será o estado com o maior número de unidades da Casa da Mulher Brasileira em operação no país. A confirmação foi feita pela secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, durante entrevista ao programa Giro Estadual de Notícias, transmitido ao vivo para todo o estado pela Central de Jornalismo do Grupo Feitosa de Comunicação.
As novas unidades estão sendo implantadas nos municípios de Corumbá, Ponta Porã e Dourados, e somam-se à estrutura já existente em Campo Grande. A iniciativa amplia o atendimento descentralizado e busca enfrentar de forma mais eficaz a violência contra a mulher, especialmente em áreas de fronteira e com forte presença de comunidades indígenas.
No caso de Dourados, por exemplo, a unidade será adaptada à realidade da maior reserva indígena urbana do Brasil. “A violência contra as mulheres indígenas é uma realidade que não pode ser ignorada. A estrutura será pensada para acolher de forma humanizada e culturalmente adequada”, destacou a secretária.
Além da especificidade de Dourados, as unidades em Corumbá e Ponta Porã têm o desafio adicional do atendimento transfronteiriço, já que muitas mulheres brasileiras, paraguaias e bolivianas que vivem em regiões limítrofes poderão ser acolhidas.
As Casas da Mulher Brasileira funcionam como espaços integrados de acolhimento, onde as vítimas encontram, em um único local, atendimento psicossocial, orientação jurídica, serviços de saúde, polícia especializada e apoio para reconstrução da autonomia.
Mato Grosso do Sul amplia a rede de proteção e passará a contar, até 2026, com quatro unidades da Casa da Mulher Brasileira, referência nacional no enfrentamento à violência de gênero
A ampliação da rede está inserida no escopo do Programa Protege, lançado pelo governo estadual no dia 27 de agosto, que promove ações articuladas entre secretarias, municípios e instituições do sistema de justiça.
“O objetivo é garantir que nenhuma mulher fique sem atendimento por falta de estrutura próxima. As novas Casas representam um avanço concreto na política pública de enfrentamento à violência”, afirmou Viviane.
Com essa expansão, Mato Grosso do Sul dá um passo importante para se tornar referência nacional em proteção às mulheres, com um modelo que une atendimento descentralizado, abordagem interseccional e prevenção através da educação.
