
Mato Grosso do Sul é o 14º estado mais perigoso para a população LGBTQIA+ no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo observatório GGB (Grupo Gay da Bahia). Em 2022, foram registradas 8 mortes violentas no estado, mesmo tendo uma população menor do que Goiás, por exemplo. A capital, Campo Grande, foi destaque no ranking, sendo o 10º município com mais óbitos registrados. Ao todo, 155 cidades do país tiveram casos notificados pelo levantamento, que obtém as informações através da coleta de fatos noticiados pela mídia.

De acordo com o relatório do observatório GGB, a situação é preocupante e mostra a necessidade de ações e medidas para garantir a segurança e os direitos da comunidade LGBTQIA+ no estado. A falta de políticas públicas específicas e a intolerância social são apontadas como principais causas da violência contra essa população.
Além disso, o relatório aponta que a maioria das vítimas são jovens, sendo a faixa etária entre 16 e 29 anos a mais afetada pelos crimes. A maioria das vítimas também é composta por homens cisgêneros e negros.
No Brasil, foram 256 vítimas de morte violenta em 2022, sendo a maioria homicídios, e a média de mortes é de 0,13 a cada 100 mil habitantes. A maioria dos crimes é cometida com armas de fogo e as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste têm aproximadamente o dobro da média nacional.
Autoridades locais e representantes da sociedade civil têm chamado atenção para a necessidade de políticas de inclusão e de combate à discriminação e à violência contra a população LGBTQIA+. É preciso que sejam tomadas medidas concretas para garantir a segurança e os direitos dessa comunidade, incluindo programas de prevenção e conscientização, além de punição eficaz dos responsáveis por esses crimes.
