
Mato Grosso do Sul avançou no ranking do Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade), subindo da 15ª para a 14ª colocação, com uma pontuação de 166,17. O levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), avalia a eficiência dos estados na aplicação dos impostos arrecadados, especialmente em áreas fundamentais como saúde e educação. O estudo foi divulgado nesta terça-feira (5) pelo jornal Folha de São Paulo.

O Irbes considera a carga tributária dos estados e a capacidade de transformação dos recursos em benefícios para a população, com especial foco no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que representa 85% do índice final, e na carga tributária sobre o PIB estadual (15%). O Distrito Federal lidera o ranking, com uma carga tributária de 3,68%, uma das menores do país, e pontuação de 182,33.
Entre os cinco primeiros colocados também estão os estados de São Paulo (176,29), Rio de Janeiro (176,07), Santa Catarina (172,44) e Rio Grande do Sul (172,11). Todos esses estados, que pertencem às regiões mais ricas do Brasil (Sudeste, Sul e Centro-Oeste), se destacam pela boa performance na aplicação dos tributos em benefícios para a população.
Na outra ponta, estados com cargas tributárias mais altas, como Maranhão (9,03%), figuram nas piores posições. O estado ocupa a 27ª e última posição do ranking, com uma pontuação de 162,08. Outros estados com piores resultados incluem Pará, Alagoas, Bahia e Paraíba.
O Irbes é uma ferramenta que tem como objetivo medir a eficiência na aplicação dos tributos estaduais, considerando a relação entre os impostos arrecadados e a qualidade de vida gerada para a população. De acordo com o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, os estados das regiões Norte e Nordeste enfrentam mais dificuldades na arrecadação devido à dependência de economias menos diversificadas, com forte base nas atividades primárias como agricultura e extrativismo, que geram menos tributos do que setores como indústria e serviços.
Movimentações no ranking também chamaram atenção na terceira edição do Irbes. O Amazonas, por exemplo, saiu da última posição para o 22º lugar, enquanto o Pará caiu de 16º para 26º. O Rio Grande do Norte subiu da 19ª para a 12ª posição, e Rondônia subiu da 26ª para a 18ª posição. No entanto, o Acre sofreu uma queda, indo da 8ª para a 15ª posição.
O levantamento foi realizado com base nos dados de 2022, obtidos junto ao IBGE, Confaz e ao PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
