Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
05 de novembro de 2025 - 13h17
MARACAju iptu
BIOCOMBUSTÍVEIS

MS aposta em recorde de etanol de milho e amplia alternativas de renda para o produtor

Estado consolida liderança na bioenergia, atrai novos investimentos e fortalece integração entre agricultura e indústria rumo à neutralidade de carbono até 2030.

5 novembro 2025 - 08h12Williams Souza
Usinas de etanol de milho impulsionam a bioenergia e ampliam as oportunidades de renda no campo em Mato Grosso do Sul
Usinas de etanol de milho impulsionam a bioenergia e ampliam as oportunidades de renda no campo em Mato Grosso do Sul - (Foto: Mairinco de Pauda/Semadesc)

Mato Grosso do Sul reforça sua posição de destaque no mapa da bioenergia brasileira com a expansão da produção de etanol de milho. O avanço do setor, que alia sustentabilidade, competitividade e novas fontes de renda no campo, está em sintonia com a meta da Famasul de tornar o estado carbono neutro até 2030.

Canal WhatsApp

Na safra 2024/2025, três unidades industriais — Inpasa Dourados, Inpasa Sidrolândia e Neomille CerradinhoBio, em Maracaju — responderam por 38,1% dos 4,3 bilhões de litros de etanol produzidos em Mato Grosso do Sul. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta para a próxima safra (2025/2026) um crescimento para 4,9 bilhões de litros, com 42,8% provenientes do milho.

Para o analista de economia do Sistema Famasul, Jean Américo, o avanço marca uma nova etapa na transição energética do país. “Estamos passando de um combustível fóssil para outro renovável. O etanol gera ganhos ambientais e econômicos, beneficiando tanto o produtor quanto o consumidor”, explica.

A presença de usinas em pontos estratégicos tem garantido competitividade ao campo. Com a produção concentrada dentro do estado, o milho ganha novo destino, reduzindo custos logísticos e ampliando a rentabilidade. “Essa estrutura cria uma alternativa sólida de comercialização e traz segurança de preços para o agricultor”, reforça Américo.

O cenário também impulsiona o cultivo de milho segunda safra, com expectativa de 14 milhões de toneladas em 2025. De acordo com o consultor técnico da Famasul, Lenon Lovera, a demanda das indústrias tem estimulado o aumento da área plantada. “Os coprodutos do etanol, como DDG e WDG, retornam ao campo como insumos nutritivos e acessíveis, barateando custos e fortalecendo sistemas produtivos integrados”, afirma.

Essa dinâmica tem favorecido o crescimento de fábricas de ração, confinamentos e centrais de distribuição próximas às usinas, consolidando uma cadeia produtiva que une agricultura, pecuária e indústria. “É uma economia circular que gera empregos, valoriza o produtor e mantém o dinheiro circulando dentro do estado”, resume Lovera.

Para o presidente da Biosul, Amaury Pekelman, o avanço da produção de etanol de milho representa um salto estratégico para o setor. “O estado, que já era destaque na produção de etanol de cana, expandiu sua capacidade nos últimos anos e se consolida como um dos líderes nacionais em biocombustíveis sustentáveis”, afirma.

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 19 usinas de cana e 3 de milho em operação, formando uma matriz energética diversificada e alinhada à agenda global de descarbonização. “Com tecnologia, eficiência e sustentabilidade, o estado está se transformando em um verdadeiro hub verde de energia limpa”, completa Pekelman.

Além do combustível, o processamento do milho gera produtos de alto valor agregado, como óleo, CO industrial e insumos para nutrição animal, ampliando a integração entre agricultura e proteína. A atuação do Sistema Famasul e do Senar/MS contribui para esse avanço, com programas de capacitação, apoio técnico e incentivo ao uso de biocombustíveis em todo o estado.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas