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EDUCAÇÃO

MS não será impactado com fim de programa de escolas cívico-militares criado por Bolsonaro

Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares será encerrado pelo Governo Federal

12 julho 2023 - 16h05Carlos Ferreira
Alunos da Escola Estadual Cívico-Militar Alberto Elpídio Ferreira Dias
Alunos da Escola Estadual Cívico-Militar Alberto Elpídio Ferreira Dias - (Foto: Arquivo)

Mais cedo, o Governo Federal anunciou que irá encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das prioridades da pasta na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com quatro unidades escolares em Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Educação (SED), confirmou que o Estado não terá a sua oferta impactada.

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“A Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul não terá sua oferta impactada, uma vez que possui um programa próprio, executado em parceria com o Corpo de Bombeiros (CBMMS) e com a Polícia Militar (PMMS). Atualmente, esse programa conta com quatro unidades escolares, sendo duas em Campo Grande, uma em Maracaju e outra em Anastácio”, esclareceu a pasta à reportagem.

Como já noticiado mais cedo pelo portal A Crítica, a decisão, tomada em conjunto pelos ministérios da Educação (MEC) e da Defesa, deve ser implementada até o fim do ano letivo, segundo documento enviado aos secretários.

Escola Estadual Cívico-Militar Alberto Elpídio Ferreira Dias, carinhosamente conhecida como “Professor Tito”, localizada na região do Nova Lima

As escolas cívico-militares têm a administração compartilhada entre militares e civis. São diferentes dos colégios militares, mantidos com verbas do Ministério da Defesa ou da Polícia Militar local e com autonomia para montar o currículo e a estrutura pedagógica.

Criado em 2019, o programa federal tem 202 escolas, atendendo aproximadamente 120 mil alunos. Segundo informações do ministério de dezembro, 1,5 mil militares atuavam no projeto. As unidades do programa não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino.

Hoje há dois modelos no Pecim. No primeiro, com 120 unidades, o próprio governo federal paga militares da reserva para auxiliar em atividades de gestão, assessoria ou monitoria. Esses militares, portanto, não dão aulas. O adicional pro labore chega a R$ 9.152.Já nos outros 82 colégios, o MEC repassa as verbas para as escolas implementarem o modelo, o que pode incluir gastos com infraestrutura, por exemplo.

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