
Uma nova etapa da parceria entre o Governo de Mato Grosso do Sul e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reforça o compromisso de transformar a infraestrutura logística do Estado. Técnicos do banco estiveram na última semana visitando obras nas rodovias MS380, MS289 e MS276, trechos que fazem parte do programa Invest Impacto, que prevê investimentos de até R$ 2,5 bilhões em recuperação, pavimentação e monitoramento de rodovias.
O objetivo é claro: melhorar a malha viária estadual e dar mais agilidade ao escoamento da produção agroindustrial, que movimenta a economia sul-mato-grossense. As obras são vistas como estratégicas, tanto para o desenvolvimento regional quanto para a integração com corredores logísticos nacionais e internacionais, como a Rota Bioceânica.
O programa foi estruturado pelo Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), em conjunto com a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). O primeiro lote de obras (RAP1) já está em execução, com investimento de R$ 600 milhões e avanço físico entre 45% e 50%. Entre os trechos contemplados estão:
- MS436 – lotes entre Camapuã e Figueirão;
- MS276 – entre Indápolis e Deodápolis;
- MS347 – conectando Dois Irmãos do Buriti à BR419.
Essas obras devem começar a ser entregues a partir do segundo semestre de 2026. O cronograma completo se estende até 2027.
Já o segundo relatório (RAP2), aprovado neste mês, amplia o número de frentes de trabalho e inclui novos trechos em:
- MS444 – Selvíria até o entroncamento da MS112;
- MS320 – Três Lagoas até a MS377;
- MS380 – do entroncamento da MS164 até a BR463;
- MS289 – do entroncamento da MS180 até a MS156.
Uma equipe técnica do banco esteve no Estado na semana passada para visitar trechos das obras De acordo com Márcio Rebello, analista de operações do BNDES, essa é a segunda missão técnica no Estado e representa um novo momento de acompanhamento mais próximo das obras. Ele elogiou a atuação local: “O Mato Grosso do Sul tem equipes altamente qualificadas e proativas. É um dos melhores estados na interlocução com o BNDES”.
O banco mantém controle rígido sobre a execução. “Ao contrário de instituições comerciais, o BNDES exige o cumprimento integral da finalidade contratual. As liberações de recursos ocorrem conforme o atingimento das metas e resultados definidos na análise do projeto”, completou Rebello.
Para o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara de Carvalho, os investimentos refletem um esforço planejado de longo prazo. “Essas obras representam desenvolvimento. Conectam as cidades, facilitam o dia a dia de quem utiliza as estradas e fortalecem o escoamento da produção. O Invest Impacto é estratégico para sustentar o crescimento e a logística de Mato Grosso do Sul”, avaliou.
A projeção é que, com os três relatórios (RAP1, RAP2 e o futuro RAP3), o Estado consiga utilizar integralmente o teto contratual de R$ 2,5 bilhões com o BNDES — a maior operação de crédito da história sul-mato-grossense voltada à infraestrutura rodoviária.
O terceiro relatório (RAP3) está em elaboração e deve incluir novos trechos a serem financiados até o fim de 2025. A expectativa é consolidar o programa como um marco de modernização, com legado de integração regional, aumento da produtividade e competitividade nos corredores logísticos entre o Centro-Oeste e os portos do Atlântico e Pacífico.
Mais do que um conjunto de obras, o Invest Impacto se consolida como uma política de Estado, amparada em planejamento, metas e controle. Um passo firme para que Mato Grosso do Sul avance em mobilidade, economia e conectividade.
