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INTERIOR

MPMS investiga suspeita de crimes ambientais em assentamento de Tacuru

Denúncia aponta criação de gado em área de preservação, uso de veneno e produção irregular de carvão no sul de Mato Grosso do Sul

29 abril 2025 - 11h50Da Redação
Área de assentamento em Tacuru é alvo de investigação por suspeita de criação de gado em APP e produção de carvão sem licença ambiental.
Área de assentamento em Tacuru é alvo de investigação por suspeita de criação de gado em APP e produção de carvão sem licença ambiental. - (Foto: Reprodução)

Promotoria de Justiça de Iguatemi, a 415 km de Campo Grande, abriu investigação para apurar suspeitas de crimes ambientais em um assentamento localizado no município de Tacuru, na região sul de Mato Grosso do Sul. Entre as irregularidades relatadas estão criação de gado em Área de Preservação Permanente (APP), desmatamento com uso de veneno e produção de carvão sem licença ambiental.

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A apuração teve início após denúncia anônima formalizada junto ao Ministério Público Estadual, reforçada posteriormente por boletim de ocorrência que relatava a existência de quatro fornos de carvão na área.

Durante vistoria no local, fiscais constataram indícios das atividades denunciadas, mas não localizaram os responsáveis pelos lotes, o que dificultou a identificação dos possíveis autores das infrações.

Crimes e medidas investigativas - Se confirmadas, as condutas investigadas podem configurar infrações administrativas e crimes ambientais, como destruição de vegetação protegida e exercício de atividade potencialmente poluidora sem autorização legal.

Para aprofundar a investigação, a Promotoria solicitou ao Núcleo de Geotecnologia do Ministério Público (NUGEO) uma análise geoespacial da área afetada, além da cópia da matrícula do imóvel ao Cartório de Registro de Imóveis. O objetivo é comprovar a titularidade da terra e definir os limites da propriedade onde teriam ocorrido os danos ambientais.

Caso sejam confirmadas as irregularidades, o Ministério Público poderá propor a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ou ingressar com uma ação civil pública. A apuração segue em curso e novas diligências deverão ser realizadas nas próximas semanas.

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