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ELEIÇÕES 2024

Urnas sob vigilância: como o MPMS fiscaliza a transparência do processo eleitoral em MS

Auditoria das urnas eletrônicas e a presença de promotores asseguram a lisura do pleito em Mato Grosso do Sul.

6 outubro 2024 - 13h41Ricardo Eugenio
Equipe do MPMS e TRE-MS reunidos durante o processo de auditoria das urnas eletrônicas, reafirmando o compromisso com a integridade das eleições em Mato Grosso do Sul.
Equipe do MPMS e TRE-MS reunidos durante o processo de auditoria das urnas eletrônicas, reafirmando o compromisso com a integridade das eleições em Mato Grosso do Sul. - (Foto: Zana Zaidan)

Nas primeiras horas do domingo de eleições, enquanto os eleitores de Mato Grosso do Sul ainda se preparavam para ir às urnas, um grupo estava atento aos bastidores que garantem a integridade do processo eleitoral. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), acompanhou de perto a auditoria das urnas eletrônicas, procedimento crucial para assegurar a segurança dos votos.

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À frente dessa operação, o Procurador-Geral de Justiça do MPMS, Romão Avila Milhan Junior, esteve presente na sede do TRE-MS logo cedo. Ao lado do vice-presidente do Tribunal e Corregedor Regional Eleitoral, desembargador Sideni Soncini Pimentel, e de juízes eleitorais, Romão acompanhou cada detalhe da auditoria. Mas o que é exatamente essa auditoria das urnas, e por que ela importa?

A confiança no voto eletrônico - A auditoria das urnas eletrônicas é um processo técnico e minucioso que ocorre antes e durante as eleições. O objetivo é garantir que o sistema está funcionando perfeitamente, sem fraudes ou irregularidades. Embora o Brasil seja uma referência mundial no uso das urnas eletrônicas, a desconfiança de parte da população — alimentada por fake news e desinformação — torna o trabalho de verificação ainda mais importante.

Ao lado dos auditores e especialistas, o MPMS cumpre seu papel de fiscal das eleições. Para Romão Avila Milhan Junior, essa fiscalização é parte do compromisso do Ministério Público com a democracia. "Com o trabalho dos promotores e promotoras eleitorais neste domingo, o exercício da cidadania será livre e consciente", afirmou Romão, reafirmando a importância de garantir a confiança dos eleitores no sistema.

Neste domingo (6), o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, liderado pelo Procurador-Geral Romão Avila Milhan Junior, esteve presente na auditoria das urnas eletrônicas realizada pelo TRE-MS.
Procurador-Geral de Justiça Romão Avila Milhan Junior e equipe do MPMS acompanham auditoria das urnas eletrônicas no TRE-MS, garantindo a transparência e segurança do processo eleitoral.

Promotores de justiça em campo - Enquanto as urnas eram auditadas, o MPMS também se fazia presente nas ruas. Ao todo, 85 promotores de justiça foram designados para atuar em 79 municípios do Mato Grosso do Sul, fiscalizando o andamento das eleições, as zonas eleitorais e a regularidade dos processos. Os promotores trabalham para garantir que nenhum eleitor seja impedido de votar, que os direitos sejam respeitados e que possíveis crimes eleitorais, como a boca de urna ou a compra de votos, sejam rapidamente identificados e coibidos.

"Esse é um trabalho de campo que exige atenção e compromisso", explica uma promotora que prefere não ser identificada. "Nossa presença não é só para punir, mas para garantir que o processo seja o mais transparente e correto possível."

O olhar atento às eleições - A fiscalização das urnas, no entanto, é apenas uma peça no complexo quebra-cabeça que são as eleições brasileiras. A cada ciclo eleitoral, o Ministério Público, a Justiça Eleitoral e outras instituições se unem para garantir que tudo transcorra com a máxima lisura. E enquanto os eleitores, muitos vezes, só veem a votação e o resultado, há uma infraestrutura enorme por trás disso.

A presença do MPMS na auditoria das urnas mostra que a democracia, apesar de sua simplicidade na prática — um voto na urna —, é complexa nos bastidores. Para cada eleitor que aperta o botão "confirma", existe um sistema de segurança e monitoramento trabalhando incansavelmente para garantir que aquele voto seja contabilizado de forma correta.

 MPMS acompanha auditoria das urnas eletrônicas nas Eleições 2024!
Auditoria das urnas eletrônicas no TRE-MS: Procurador-Geral Romão Avila Milhan Junior e autoridades verificam o funcionamento das urnas durante as eleições municipais de 2024

Um processo seguro, mas questionado - A auditoria das urnas eletrônicas, supervisionada por órgãos como o MPMS, é parte de um esforço nacional para garantir a segurança do voto eletrônico. A urna, que já está em uso no Brasil desde 1996, tem sido alvo de críticas e teorias da conspiração nos últimos anos, apesar de nunca terem sido comprovadas fraudes significativas. Para as autoridades eleitorais, é preciso não só garantir a segurança do sistema, mas também mostrar isso para a população.

"Este é um momento decisivo, e a presença de diferentes instituições mostra que estamos todos comprometidos em garantir a legitimidade do processo", declarou Romão, que reforçou a interlocução constante com o TRE-MS.

A vigilância continua - A auditoria das urnas e a fiscalização do processo eleitoral não terminam com a apuração dos votos. O trabalho de instituições como o MPMS continua até o fim do processo, incluindo a análise de denúncias, apuração de crimes eleitorais e monitoramento do segundo turno, caso ocorra. E para os eleitores de Campo Grande, essa vigilância terá que ser ainda mais prolongada, já que a capital tem grandes chances de enfrentar um segundo turno no final de outubro.

No final das contas, as eleições são mais do que apenas um direito de votar. São uma engrenagem complexa que envolve múltiplos atores, todos comprometidos em garantir que a voz da população seja ouvida e respeitada. Para o MPMS e seus promotores, garantir que isso ocorra sem desvios é a principal missão.

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