
Após diversos episódios de instabilidade nas linhas de emergência em Dourados, a 250 km de Campo Grande, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu uma investigação para apurar os motivos das falhas e cobrar soluções.

O procedimento administrativo foi instaurado para verificar por que os serviços da Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193) e SAMU (192) ficaram indisponíveis em diferentes momentos deste ano.
Os casos mais graves ocorreram em março e abril, quando as linhas da PM e dos Bombeiros saíram do ar, forçando a divulgação de contatos alternativos. Já em setembro, foi a vez da linha 192 do SAMU apresentar problemas, o que acendeu novo alerta sobre a vulnerabilidade do sistema.
Como parte da apuração, a 10ª Promotoria de Justiça de Dourados notificou a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado. Ambos têm 20 dias úteis para apresentar respostas formais, com documentos que mostrem quais providências foram tomadas para evitar a repetição das falhas.
Como já noticiado pelo portal A Crítica, a Prefeitura de Dourados alegou que vai acionar judicialmente a empresa Oi LTDA. para garantir o cumprimento da medida liminar referente ao processo nº 0802058-84.2025.8.12.0800, que determinava à operadora a manutenção do telefone de emergência 192. A ação inicial foi protocolada pelo procurador-geral Alessandro Lemes e a decisão judicial, em sede de liminar, prevê a aplicação de multa diária devido à instabilidade no número oficial do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
