
Em Terenos, a 20 km de Campo Grande, a tecnologia usada para compartilhar a localização em tempo real virou peça-chave em um caso de corrupção.

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Dados extraídos de celulares apreendidos pela Operação Spotless, do Gaeco, mostraram que empresários e gestores públicos trocavam geolocalizações por WhatsApp para marcar encontros justamente nos locais das obras investigadas.
Em agosto de 2021, por exemplo, as coordenadas enviadas por um empresário mostraram que ele esteve em pontes do Assentamento Santa Mônica ao lado do prefeito Henrique Budke. No dia seguinte, mensagens ao secretário de Obras confirmaram o uso de fotos e mapas do local para repetir projetos em outros pontos da cidade.
Meses depois, em fevereiro de 2022, um empresário encaminhou sua localização no município, confirmando presença no julgamento de uma licitação que resultaria em contrato sob suspeita.
Até reuniões privadas entraram no radar. Em setembro de 2021, o prefeito chegou a enviar sua geolocalização para indicar que o encontro seria em sua própria casa. Para os promotores, essa sequência de coordenadas, cruzada com mensagens e fotos, desmonta o discurso de encontros casuais e reforça a tese de fraude em obras de infraestrutura.
