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Internacional

Moscou dá ultimato à Ucrânia, e UE ameaça Rússia

4 março 2014 - 13h30
Enquanto a Rússia expandia na segunda-feira seu controle sobre a Península da Crimeia, o governo da Ucrânia denunciou um ultimato do Kremlin para que as forças do país se rendam e evitem um ataque militar. Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, passou o dia tentando alinhar seus parceiros em busca de uma resposta a Moscou. "A Rússia está do lado errado da história", disse Obama.
"Ao longo do tempo isso será custoso para a Rússia. Agora é a hora de eles considerarem se podem defender seus interesses por meio da diplomacia, não pela força", afirmou Obama, que prometeu sanções econômicas caso Moscou não recue.
No fim da noite de ontem, após o presidente americano se reunir por mais de duas horas com conselheiros, os EUA anunciaram a suspensão dos vínculos militares com Moscou. "Isso inclui exercícios e reuniões bilaterais, convites para visitar embarcações e conferências de planejamento militar", afirmou o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
Trocas comerciais e investimentos futuros com a Rússia também foram suspensos, segundo um porta-voz de Michael Froman, representante dos EUA para o Comércio. "Devido aos recentes acontecimentos na Ucrânia, suspendemos as negociações comerciais e de investimento com o governo da Rússia."
A Rússia mantém uma importante base naval na Crimeia, região considerada estratégica por Vladimir Putin, na qual os russos formam a maioria da população. Por isso, enquanto Bruxelas e Washington condenaram a intervenção militar, Moscou diz estar apenas protegendo cidadãos que vivem na área.
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