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Morte de brasileira na Indonésia foi 'quase imediata' após ferimentos graves, aponta médico legista

Especialista afirma que Juliana Marins morreu por hemorragia interna, provavelmente cerca de 20 minutos depois de uma das quedas

27 junho 2025 - 10h10Giovanna Castro
Juliana Marins, brasileira de 27 anos, caiu em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia.
Juliana Marins, brasileira de 27 anos, caiu em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia. - (Foto: @resgatejulianamarins via Instagram)

O médico legista responsável pela autópsia do corpo de Juliana Marins disse em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 27, que a morte da publicitária foi quase imediata. A jovem caiu de um penhasco durante trilha no Monte Rinjani.

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“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata, devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas, praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax”, disse Ida Bagus Alit.

De acordo com o especialista, o exame mostrou que ela sofreu um trauma contundente, com danos principalmente à caixa torácica, e morreu por hemorragia interna, provavelmente cerca de 20 minutos após uma queda. Ele não soube precisar, entretanto, qual das quedas teria provocado os traumas.

“Encontramos arranhões e escoriações, assim como fraturas no tórax, ombro, coluna e perna. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, afirmou o especialista em coletiva de imprensa.

Ele descartou a possibilidade de hipotermia, o que poderia indicar que a demora no resgate foi o que causou a morte. Segundo o médico, não havia sinais típicos de quem passa pela condição de hipotermia, como lesões no dedo causadas pelo frio. “A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas“, disse.

“Havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral, que geralmente ocorre várias horas ou até vários dias após o trauma. Além disso, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento, o que sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos”, explicou.

A morte da jovem tem gerado grande comoção nas redes sociais, com brasileiros e até a família de Juliana acusando o governo da Indonésia de negligência.

Por esse motivo, na mesma coletiva de imprensa, o porta-voz da equipe de resgate do país afirmou novamente e deu mais detalhes sobre a dificuldade da operação na região, principalmente pelo clima instável e repleto de nebulosidade no período.

A equipe de resgate afirma que começou a agir logo após o acionamento, mas que a operação demandava calma e planejamento para ser orquestrada, especialmente para não colocar em risco mais pessoas.

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