
Luiz Gonzaga de Santa Rosa morreu nesta quinta-feira (11), aos 86 anos, em Campo Grande. Ele estava internado no Hospital da Cassems, onde tratava problemas pulmonares. A causa da morte foi pneumonia, segundo familiares. Até a última atualização, não havia informações sobre velório e sepultamento.
O velório será realizado nesta sexta-feira (12), a partir das 8h, na Rua Francisco dos Anjos, número 442, no bairro Pioneiros. O sepultamento está marcado para as 16h30, no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Conhecido no meio da comunicação apenas como Santa Rosa, ele foi uma das figuras mais constantes do colunismo social em Mato Grosso do Sul. Seu nome circulou por décadas entre jornais, gabinetes e eventos que ajudaram a moldar a vida pública e social do Estado.
Nascido em Propriá, no interior de Sergipe, Santa Rosa chegou ao então Estado de Mato Grosso antes da divisão territorial, ocorrida em 1977. Veio para trabalhar no Banco do Brasil, instituição da qual acabou afastado durante a ditadura militar por razões políticas. Anos depois, foi reintegrado e se aposentou pelo próprio banco.
Paralelamente à carreira bancária, construiu espaço na imprensa local. Em 1976, assumiu a direção das Listas Telefônicas Paulista SA, responsável pela produção dos catálogos telefônicos em todo o Mato Grosso unificado, à época administrado pela Telemat.

Linha do tempo destaca os principais marcos da vida de Luiz Santa Rosa, ícone do colunismo social em Mato Grosso do Sul, que atuou entre o jornalismo e o serviço público por mais de quatro décadas.
Foi no jornalismo social, porém, que consolidou sua imagem pública. Como colunista do jornal Correio do Estado, tornou-se presença diária na vida social de Campo Grande. Sua coluna registrava encontros, eventos e personagens que formavam o retrato cotidiano da cidade. Também manteve coluna social no jornal A Crítica.
Com a criação de Mato Grosso do Sul e a instalação da primeira legislatura, em janeiro de 1979, Santa Rosa passou a atuar na Assembleia Legislativa, onde ocupou o cargo de diretor de Patrimônio. Mais tarde, dirigiu o Diário Oficial do Estado, o Diosul, ampliando sua atuação na comunicação institucional.
Durante o governo de Ramez Tebet, entre 1986 e 1987, assumiu a coordenação de Comunicação. A função reforçou seu trânsito político, mantido ao longo de décadas, sempre marcado pela proximidade com autoridades, jornalistas e lideranças locais.
A trajetória de Santa Rosa também ficou marcada pela formação de profissionais. O empresário Luiz Carlos Feitosa relembrou o período em que, ainda adolescente, atuou como assessor e fotógrafo ao lado dele no Correio do Estado, experiência que ajudou a moldar sua carreira.
Nos últimos anos, Santa Rosa enfrentava problemas de saúde. Sofria com esquecimentos graves e com o Mal de Parkinson, condições que limitaram sua rotina. Ele deixa cinco filhos, entre eles o fisioterapeuta Luiz Alexandre Santa Rosa, que vive em Curitiba, e a professora Fernanda Oliveira de Santa Rosa
Figura discreta, influente e constante, Luiz Santa Rosa atravessou diferentes fases da história sul-mato-grossense. Seu legado permanece vivo nas colunas de jornal, nos bastidores da política e na memória da sociedade local.

