
O empresário Oscar Maroni, dono da boate Bahamas, morreu aos 74 anos, segundo comunicado publicado no site do estabelecimento nesta quarta-feira, 31. A causa da morte não foi informada. Em 2024, um de seus filhos afirmou ao portal UOL que Maroni enfrentava o mal de Alzheimer.
Figura conhecida do entretenimento adulto em São Paulo, Maroni construiu sua notoriedade à frente do Bahamas, boate localizada em Moema, na zona sul da capital paulista, frequentada por garotas de programa e clientes de alto poder aquisitivo. O local se tornou um dos endereços mais comentados do segmento ao longo das últimas décadas.
Ao longo da carreira, Oscar Maroni se envolveu em diversas polêmicas judiciais. Ele chegou a ser processado e preso em diferentes ocasiões, alvo de denúncias de irregularidades no funcionamento da boate, incluindo acusações de exploração da prostituição. As disputas com o poder público também fizeram parte de sua trajetória empresarial.
Em 2007, Maroni protagonizou um embate com a Prefeitura de São Paulo ao inaugurar um hotel ao lado do Bahamas. O edifício acabou interditado por anos após questionamentos sobre a legalidade da obra. Localizado nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, o prédio teria sido construído com área e altura superiores às permitidas pela legislação municipal.
Passagem pela TV e tentativa na política - Além do setor empresarial, Maroni buscou visibilidade em outros espaços. Em 2014, participou do reality show “A Fazenda”, da TV Record, mas acabou sendo o primeiro eliminado da edição. A exposição televisiva ampliou ainda mais sua imagem pública, já associada a um estilo provocador e controverso.
Quatro anos depois, tentou ingressar na política. Em 2018, lançou candidatura a deputado federal, mas não obteve votos suficientes para se eleger.
Nota divulgada pelo Bahamas hotelNo comunicado oficial divulgado após a morte do empresário, o Bahamas destacou o perfil de Maroni e reafirmou a continuidade das atividades do estabelecimento. Segundo a nota, ele “viveu intensamente, fiel às suas convicções e à sua liberdade”.
O texto acrescenta que, em homenagem ao fundador, a boate seguirá funcionando normalmente, “sempre na busca contínua pelo prazer”, frase que remete à identidade construída pelo empreendimento ao longo dos anos.
Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o local e a data da morte, nem detalhes sobre velório e sepultamento.

