
O ex-ministro da Justiça Armando Ribeiro Falcão morreu na noite de quarta-feira, aos 90 anos, em decorrência de complicações de uma pneumonia.

Falcão já apresentava fragilidade de saúde havia um ano, por causa da idade avançada.
O ex-ministro, que ocupou cargos nos governos Juscelino Kubitschek e Ernesto Geisel, foi enterrado ontem, no Cemitério São João Batista, no mesmo bairro. A cerimônia foi acompanhada apenas por parentes e amigos.
Na ditadura militar, o ministro ficou marcado pelas restrições à liberdade de expressão. A chamada Lei Falcão, da qual foi autor, em 1976, eliminou a possibilidade de o MDB - única legenda de oposição - usar a propaganda política para criticar o governo militar. A legislação determinava que os candidatos pudessem divulgar no rádio e na televisão apenas o currículo, o partido e o número do registro na Justiça Eleitoral. A frase "nada a declarar" era uma de suas marcas registradas.
Fiel ao regime militar, Falcão acabou apoiando a eleição do oposicionista Tancredo Neves, em 1985, por discordar da candidatura de Paulo Maluf pelo PDS.
