
Na quarta-feira de Natal, Campo Grande desperta mais silenciosa. As ruas, normalmente agitadas, carregam um ritmo mais lento enquanto as famílias se preparam para as celebrações. O cheiro de assados e sobremesas se mistura ao frescor da manhã, enquanto os sinos das igrejas anunciam o início das missas que, ao longo do dia, devem reunir milhares de fiéis na capital sul-mato-grossense.

A Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio, no centro da cidade, será o palco da principal missa natalina às 19h. A imponente igreja, com seus vitrais iluminados e corredores preenchidos por fiéis, é ponto de encontro tradicional para famílias que preservam o ritual do Natal religioso.
Na Paróquia São José, na Rua Pedro Celestino, o dia será marcado por três celebrações: uma logo cedo, às 6h15, outra ao meio-dia, e a última às 19h. Não muito longe dali, na Avenida Afonso Pena, o Santuário Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro abrirá suas portas para três missas, com destaque para a última, às 21h, que encerra o ciclo de celebrações com um ambiente mais introspectivo.
Enquanto isso, na Paróquia São Francisco de Assis, no bairro homônimo, e na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Planalto, a programação se concentra no período noturno, ambas com missas às 19h.
Cada paróquia tem suas características próprias: há igrejas com grandes corais, outras com missas silenciosas e solenes. Algumas capricham nas decorações, com árvores de Natal e presépios detalhados, enquanto outras se apoiam na simplicidade dos bancos de madeira e velas acesas.
Segundo o último censo do IBGE, mais da metade da população de Campo Grande se declara católica, e o Natal é o momento em que muitos voltam às igrejas, ainda que não frequentem regularmente. É uma noite que carrega algo de eterno — nas preces murmuradas, nas mãos dadas durante o Pai-Nosso, no silêncio profundo que antecede o “Amém” final.
Campo Grande, entre suas avenidas largas e bairros residenciais, abraça o Natal com uma mistura de tradição e fé, enquanto suas igrejas se tornam o coração pulsante de uma cidade que, por uma noite, parece respirar mais leve.
