
Durante visita a Campo Grande nesta terça-feira (1º), o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou uma série de investimentos e ações voltadas à educação no Mato Grosso do Sul. Entre os destaques estão a ampliação de bolsas para estudantes indígenas, retomada de obras paralisadas, fortalecimento da educação em tempo integral e a futura criação de polos regionais da Universidade Indígena, que terá sede em Brasília.

Na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, o ministro ressaltou a importância da parceria entre o governo federal, estados e municípios na execução das políticas públicas de educação. “Temos aqui uma grande parceria. Sempre defendi a colaboração entre União, estados e municípios. É isso que faz a política pública funcionar”, afirmou.
Educação em tempo integral e programa Pé-de-Meia - Camilo destacou o avanço da política de escola em tempo integral e do programa Pé-de-Meia, que já beneficia mais de 45 mil alunos do ensino médio em Mato Grosso do Sul com incentivo financeiro para a permanência nas escolas.
Ele também aproveitou a visita para conversar com professores e alunos sobre a aplicação da política de restrição ao uso de celular em sala de aula, que começou a valer este ano.
Um dos principais anúncios foi o aumento no número e valor das bolsas para estudantes indígenas. O MEC elevou de 8 mil para 17 mil bolsas em todo o país, reajustando o valor de R$ 900 para R$ 1.400 mensais. Segundo o ministro, os estudantes do Mato Grosso do Sul solicitaram ainda moradia estudantil e novas unidades de institutos federais em regiões indígenas.
“Eles têm uma demanda muito grande de moradia universitária aqui no estado. Estamos avançando nisso”, destacou.
Sobre a aguardada Universidade Indígena, Camilo informou que o presidente Lula encaminhará em outubro o projeto de lei que criará a instituição. A sede será em Brasília, aproveitando a estrutura desativada da antiga Universidade dos Correios. Após essa primeira etapa, serão criados polos regionais, e o Mato Grosso do Sul está entre os estados que poderão receber uma extensão da nova universidade.
Camilo Santana também confirmou a retomada de obras paralisadas no estado. Em Dourados, por exemplo, está em andamento a duplicação do Hospital da Mulher e da Criança. Em Três Lagoas, foi entregue a obra da nova Faculdade de Direito da UFMS. Em Campo Grande, o ministro participou da inauguração do prédio da reitoria da universidade, que estava parado há 12 anos.
Além disso, o governo federal já retomou 43 obras de educação básica no estado, que estavam paralisadas há anos. Segundo Camilo, essa ação faz parte do esforço nacional de reerguer estruturas paradas e acelerar entregas.
O ministro também confirmou o lançamento da Carteira Nacional Docente, que será entregue a partir do dia 15 de outubro, em comemoração ao Dia do Professor. O documento será uma forma de identificar os profissionais da educação e garantir benefícios, como meia-entrada em eventos e acesso facilitado a serviços.
“Por que o médico, o advogado, o jornalista têm uma carteira profissional e o professor não? Isso é também uma forma de valorização”, defendeu Camilo Santana.
Outras medidas anunciadas envolvem o reajuste no valor per capita do Fundeb para alunos de escolas indígenas, quilombolas e de educação especial, e a criação de uma política nacional para o ensino da matemática, uma das áreas com maior índice de defasagem no ensino básico brasileiro.
O governador do Estado, Eduardo Riedel - (Fotos: Lorena Sone)
O ministro da Educação, Camilo Santana, falou da alegria de estar em MS - (Fotos: Lorena Sone)
A E.E. Lúcia Martins Coelho recebeu a visita do ministro da Educação - (Fotos: Lorena Sone)
