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Educação

Mercadante diz que Universidade Gama Filho pode ser fechada

8 janeiro 2014 - 14h54
A Universidade Gama Filho e o Centro Universitário da Cidade, no Rio, serão descredenciados pelo Ministério da Educação caso não cumprirem as melhorias prometidas. Foi o que garantiu o ministro Aloizio Mercadante durante uma conversa com estudantes de ambas as instituições em Brasília.
"Se a reposta das instituições fossem satisfatórias, não teríamos suspendido o vestibular. Como permitir entrar numa faculdade nessas condições? Então já suspendemos. Já mostra que nós achamos que eles não estão cumprindo o termo de ajustamento de conduta", afirmou Mercadante. "E se não cumprirem [as promessas de saneamento], está no acordo que nós fizemos e que eles assinaram, fecha!"
Nesta terça-feira, 50 universitários foram à sede do MEC exigindo um encontro com Mercadante. O grupo quer intervenção do governo na crise das universidades, mantidas pelo grupo Galileo Educacional.
As duas instituições estão afundadas numa crise financeira, com professores em greve em razão de salários atrasados e instalações deterioradas. O termo de saneamento de deficiências foi um acordo feito entre o governo e o Grupo Galileo, assinado em outubro. Segundo o ministro, a Secretaria de Regulação do Ensino Superior vai ficar com a responsabilidade de avaliar as mudanças nas duas instituições cariocas.
Num primeiro momento, o grupo de estudantes que ocuparam o MEC ontem exigiam que este tomasse o controle de ambas as universidades. No entanto, após técnicos do Ministério argumentarem que essa solução ainda não é legamelmente possível, Mercadante anunciou aos alunos que criará uma comissão para discutir a aplicação de uma política de transferência assistida para outras instituições, caso a Gama Filho e UniverCidade sejam de fato descredenciadas.
Embora não fosse a solução inicial almejada, muitos estudantes, principalmente os ligados a UNE, aceitaram de pronto a saída oferecida pelo MEC.
Mas a solução do MEC está longe de ser consenso entre grande parte do corpo discente, e principalmente entre o corpo docente, que poderá perder o emprego caso haja o descredenciamento. Juntas, a UGF e UniverCidade tem quase 1,5 mil funcionários, entre professores, seguranças, serventes e faxineiras.
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