
O ministro Alexandre Padilha afirmou neste domingo (16) que o governo adotará medidas para impedir que médicos antivacina publiquem conteúdos falsos com fins lucrativos e recomendem protocolos sem embasamento científico. A declaração veio após a repercussão de uma matéria do O Estado de S. Paulo Verifica.
Em outubro, a AdvocaciaGeral da União (AGU) obteve condenação contra um médico com 1,5 milhão de seguidores que afirmava, em vídeo, que “uma mamografia gera radiação equivalente a 200 raiosX e aumenta o risco de câncer de mama”. A Justiça considerou que a alegação não tem respaldo científico e representa risco à saúde pública.
Especialistas consultadas ressaltam que a mamografia é exame padrão para rastreamento do câncer de mama e pode reduzir em até 30% a mortalidade quando realizada regularmente. A associação entre cistos mamários e “deficiência de iodo”, proposta por aquele médico, também é considerada infundada por oncologistas.
O processo civil público foi ajuizado em março deste ano como parte do projeto “Saúde com Ciência”, resultado de parceria entre a AGU, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. A procuradorageral da União, Clarice Calixto, declarou que “a informação correta pode fazer a diferença entre a vida ou a morte de uma mulher”.
Grande matéria investigativa! Diferente de outros governos, não seremos lenientes com o negacionismo! O @minsaude junto c/ o Ministro @jorgemessiasagu acionaremos todas as medidas cabíveis pra impedir que essas pessoas continuem colocando em risco a vida da nossa população e… pic.twitter.com/bSWIoXPDon
— Alexandre Padilha (@padilhando) November 16, 2025

