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Médico paulista é preso após agredir funcionários e vandalizar hotel de luxo em Aracaju

Carlos Alberto, de 44 anos, foi detido em flagrante após ataques verbais e físicos; justiça decretou prisão preventiva

22 julho 2025 - 06h47Caio Possati
Médico é preso em Sergipe depois de agredir funcionários de hotel, cometer injúria racial e danificar móveis do empreendimento.
Médico é preso em Sergipe depois de agredir funcionários de hotel, cometer injúria racial e danificar móveis do empreendimento. - (Foto: SSP-Sergipe/Divulgação)
Terça da Carne

Um médico e empresário de 44 anos, identificado como Carlos Alberto Azevedo Silva Filho, foi preso em flagrante na noite de sexta-feira, 18, após agredir fisicamente e ofender funcionários de um hotel de luxo em Aracaju. O caso ocorreu no hotel Vidam, onde o hóspede também teria vandalizado a mobília e destruído um computador da recepção.

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Natural de Barueri, na Grande São Paulo, Carlos estava hospedado no local desde a quinta-feira, 17, e seguiria viagem no domingo, 20. Segundo relatos da equipe do hotel, o médico chegou ao estabelecimento visivelmente alcoolizado e começou a ofender os funcionários, incluindo insultos de cunho racista. Um dos trabalhadores foi chamado de “gordo” e “preto”.

Tentando apaziguar a situação, outro funcionário tentou conversar com o hóspede, mas acabou agredido com socos e empurrões. Em meio ao tumulto, o médico danificou cadeiras, uma mesa e um computador da recepção. Parte das agressões foi registrada em vídeo pelos colaboradores e será utilizada como prova no inquérito policial.

Ação rápida da polícia
A Polícia Militar foi acionada por volta das 23h. O médico já estava em seu quarto, dormindo, quando os agentes chegaram. Mesmo oferecendo resistência à prisão, ele foi levado à Central de Flagrantes.

No dia seguinte, sábado, 19, Silva Filho passou por audiência de custódia no Plantão Judiciário. A juíza Carolina Valadares Bitencourt efetuou a prisão em flagrante e decretou a prisão preventiva, argumentando que a conduta do acusado extrapolou um incidente isolado.

"Estão presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva, tais como a garantia da ordem pública, uma vez que a conduta do flagranteado revela não apenas um ato criminoso isolado, mas um comportamento socialmente reprovável, marcado pelo desprezo à dignidade da pessoa humana e à igualdade racial", afirmou.

A juíza também destacou o agravante do profissional ser médico. “O fato de o autor ser médico, profissional que, por dever ético e legal, deve zelar pela vida e respeito ao próximo, apenas agrava a gravidade do delito”, declarou na decisão.

Vítimas recebem apoio do hotel
Em nota, a gerência do hotel Vidam repudiou as agressões cometidas pelo hóspede e demonstrou solidariedade aos funcionários. “O Grupo Vidam reforça que o empreendimento conta com estrutura de luxo e atendimento de excelência de todos os colaboradores. Repudia também qualquer ato de violência e desrespeito”, destacou o esclarecimento.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de Sergipe, os insultos e agressões ocorreram em momentos distintos ao longo da noite. Os vídeos capturados no local devem ser anexados ao processo criminal que investiga o caso.

Carlos Alberto Azevedo Silva Filho foi encaminhado a um presídio para detentos provisórios, onde permanece à disposição da Justiça. Até o momento, não foi registrado contato com a defesa do médico.

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