O jornalista Maurício Kubrusly, de 80 anos, está internado na UTI da Santa Casa da Misericórdia de Itabuna, no sul da Bahia, após sofrer uma queda. A internação ocorreu no domingo, dia 14, e o comunicador passou por um procedimento médico para drenagem de um hematoma. As informações foram divulgadas inicialmente pelo site G1.
Segundo a apuração, Kubrusly permanece na Unidade de Terapia Intensiva da unidade hospitalar, onde recebe acompanhamento especializado. Até o momento, não foram divulgados boletins médicos detalhando o quadro clínico atualizado ou previsão de alta.
Morando no sul da Bahia desde 2018, o jornalista vive na região ao lado da esposa, a engenheira Beatriz Goulart. Ele se afastou da televisão após ser diagnosticado com demência frontotemporal (DFT), uma doença degenerativa que compromete áreas do cérebro ligadas à linguagem, à memória e ao comportamento.
Reconhecido nacionalmente por sua trajetória na TV Globo, Maurício Kubrusly ficou marcado por reportagens especiais exibidas no programa Fantástico. Entre seus trabalhos mais lembrados está o quadro Me Leva Brasil, no qual percorria o país apresentando histórias, personagens e paisagens pouco conhecidas do grande público.
A condição de saúde do jornalista foi abordada de forma sensível no documentário Kubrusly: Mistério Sempre há de Pintar Por Aí, lançado em 2024, com direção de Caio Cavechini e Evelyn Kuriki. A produção acompanhou a rotina de Kubrusly longe das câmeras e mostrou os impactos da doença em sua vida cotidiana. Uma das cenas mais comentadas mostra um reencontro com o cantor Gilberto Gil, amigo de longa data, que o jornalista já não conseguia reconhecer.
A demência frontotemporal não tem cura e o tratamento se concentra no controle dos sintomas e na tentativa de preservar a qualidade de vida do paciente. O diagnóstico explica o afastamento definitivo de Kubrusly da televisão e a opção por uma rotina mais reservada, longe dos grandes centros urbanos.
A internação reacende a atenção do público para a situação de saúde de um dos nomes mais respeitados do jornalismo brasileiro, cuja carreira foi marcada pela curiosidade, pelo olhar atento às pessoas comuns e por uma narrativa própria que se tornou referência na televisão.
