
Mato Grosso do Sul se consolidou entre os estados mais competitivos do Brasil ao alcançar a 9ª colocação no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O anúncio foi feito durante cerimônia realizada em Brasília (DF), com a presença do governador Eduardo Riedel e do secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

O bom desempenho foi impulsionado principalmente pelos avanços nos pilares de Inovação, Capital Humano e Sustentabilidade Ambiental, todos sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Além da posição no ranking geral, o Estado também recebeu o Prêmio Excelência em Competitividade 2025 pelo programa MS Ativo Municipalismo, reconhecido como política pública inovadora e eficiente.
No pilar Capital Humano, Mato Grosso do Sul subiu do 3º lugar em 2024 para o 2º lugar em 2025, com destaque para a produtividade do trabalho (2º lugar), formalidade (5º) e qualificação dos trabalhadores (6º). Também houve avanço na redução da desocupação de longo prazo e da subocupação por falta de horas trabalhadas.
O ponto de atenção segue sendo o número de trabalhadores com ensino superior, no qual o Estado ocupa a 20ª colocação.
O secretário Jaime Verruck relaciona os resultados ao MS Qualifica, programa estadual que alinha formação profissional às demandas de setores estratégicos, como celulose, proteína animal, bioeconomia e tecnologia da informação. A iniciativa é coordenada pela Semadesc e pela Fundação do Trabalho de MS (Funtrab).
O maior avanço do Mato Grosso do Sul no ranking de 2025 foi no pilar Inovação, com um salto da 17ª para a 9ª posição em apenas um ano. O desempenho positivo foi puxado pelo aumento na produção científica, nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, no número de empresas de alto crescimento, além da melhora nos indicadores de informação e comunicação e na concessão de bolsas acadêmicas.
Apesar do progresso, ainda há espaço para crescimento em registro de patentes e na estrutura de apoio à inovação, como parques tecnológicos e capital semente. De acordo com a Semadesc, R$ 175 milhões foram investidos em ciência e tecnologia nos últimos oito anos, sendo R$ 66 milhões só em 2024, o que viabilizou mais de 400 projetos e cerca de 1.650 bolsas mensais, da iniciação científica ao pós-doutorado.
No pilar Sustentabilidade Ambiental, o Estado subiu do 10º para o 9º lugar. Se destacou em destinação de resíduos (2º lugar), tratamento de esgoto (3º), emissões de CO por PIB (5º), coleta seletiva (6º) e reciclagem (9º).
Os principais desafios ainda estão relacionados ao desmatamento, transparência na fiscalização ambiental e infraestrutura urbana sustentável, com índices menos favoráveis em drenagem e manejo de resíduos da construção civil.
Segundo Verruck, essas questões estão sendo enfrentadas com políticas como o MS Carbono Neutro 2030, o Sistema Estadual de Resíduos Sólidos (SERS), a política de Logística Reversa e o MS Renovável. Ele também destacou a implantação do novo Sistema de Monitoramento de Desmatamento e Incêndios Florestais, com a Sala de Situação, criada em 2025 para ampliar a transparência da gestão ambiental.
