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RESSOCIALIZAÇÃO

MS se destaca no país por investimento na ressocialização de presos por meio do trabalho

Com mais de um terço dos detentos em atividades laborais, o estado supera a média nacional e é referência em inclusão produtiva no sistema prisional

21 outubro 2025 - 07h15Da Redação
Internos de Mato Grosso do Sul em atividades laborais: estado é referência nacional em ressocialização pelo trabalho.
Internos de Mato Grosso do Sul em atividades laborais: estado é referência nacional em ressocialização pelo trabalho. - (Foto: Divulgação)
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Mato Grosso do Sul vem se consolidando como exemplo nacional quando o assunto é ressocialização por meio do trabalho prisional. Segundo dados do 18º ciclo do SiSdepen (Levantamento de Informações Penitenciárias), divulgados pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) neste mês, 33,53% da população carcerária do estado está inserida em atividades laborais, percentual bem acima da média nacional, que é de 26,15%.

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Dos 17.478 internos atualmente custodiados (excluídos os que estão em monitoração eletrônica), 5.860 trabalham dentro ou fora das unidades prisionais. O avanço é resultado direto da política pública conduzida pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), que aposta em parcerias com instituições públicas e privadas para ampliar oportunidades e estimular a reintegração social.

Embora não ocupe o topo do ranking nacional, Mato Grosso do Sul figura entre os 10 estados com melhor desempenho no país e se destaca pela qualidade das ações voltadas à dignidade e à ocupação produtiva dos detentos. Um dos diferenciais é o número de presos que exercem atividades remuneradas: mais de 65% dos internos recebem pagamento pelo trabalho, índice que contrasta com o Maranhão, líder do ranking, onde menos de 20% são remunerados.

A política estadual de trabalho prisional também tem se mostrado uma das mais abrangentes do país, com diversificação das funções oferecidas e forte presença feminina. Atualmente, 535 mulheres estão inseridas em atividades laborais, o que coloca Mato Grosso do Sul na 5ª posição nacional e na liderança regional do Centro-Oeste.

Para a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, os números refletem a visão de um sistema prisional que valoriza o trabalho como instrumento de transformação.

"Mais do que gerar renda e capacitação, o trabalho promove segurança pública por meio da dignidade e da oportunidade. Cada vaga representa uma nova chance de recomeço, fortalecendo a disciplina, o senso de responsabilidade e a autoestima dos custodiados", afirma a dirigente.

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