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SUSTENTABILIDADE EM FOCO

Mato Grosso do Sul apresenta agenda climática na COP30 e incorpora selo verde da União Europeia

Estado mostra que preservação ambiental, inclusão social e desenvolvimento econômico podem caminhar juntos e firma compromisso de neutralidade de carbono até 2030

14 novembro 2025 - 11h40Redação
Durante as reuniões com representantes de grandes corporações globais, o governo apresentou os avanços obtidos em logística reversa, uso sustentável do solo e expansão das fontes renováveis de energia
Durante as reuniões com representantes de grandes corporações globais, o governo apresentou os avanços obtidos em logística reversa, uso sustentável do solo e expansão das fontes renováveis de energia - (Foto: Guilherme Lemos/Embrapa)

Em participação na COP30 — a 30ªConferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em Belém (PA), entre 10 e 21de novembro — o Governo do Mato Grosso do Sul apresentou suas iniciativas de desenvolvimento sustentável para o mundo. Sob o mote de uma “revolução silenciosa”, citada pela Embrapa, o Estado reforçou a combinação entre conservação dos biomas, crescimento econômico e inclusão social.

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Um dos marcos anunciados foi a adesão ao selo verde da União Europeia, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que assegura a origem sustentável da produção estadual destinada aos mercados europeus. “Nós vamos garantir aos mercados europeus que a gente tem origem e procedência da nossa produção”, disse o governador Eduardo Riedel, após participar de painéis e debates com a delegação sulmatogrossense.

Governador EduardoRiedel representa MatoGrossodoSul na COP30 ao apresentar iniciativas de sustentabilidade e adesão ao selo verde da UEGovernador Eduardo Riedel representa Mato Grosso do Sul na COP30 ao apresentar iniciativas de sustentabilidade e adesão ao selo verde da UE - (Foto: Guilherme Lemos/Embrapa)

Com 27% de seu território ocupado pelo Pantanal — que mantém 84% de vegetação preservada —, 63% pelo Cerrado e 10% pela Mata Atlântica, Mato Grosso do Sul se posicionou como referência na redução de emissões agropecuárias: entre 2006 e 2022, o Estado registrou queda de 51% nas emissões desse setor. Ainda, 94% da matriz energética estadual é renovável — evidenciando a coerência entre discurso e prática na agenda climática.

A política pública “MSCarbonoNeutro” estabelece o horizonte para que o estado alcance neutralidade de carbono até 2030. A estratégia orienta ações voltadas à economia circular, logística reversa, uso sustentável do solo, expansão de fontes renováveis e valorização das comunidades tradicionais.

Durante a COP30, a delegação estadual, incluindo o secretário da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck e o adjunto Artur Falcette, participou de painéis da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) e da Agrizone da Embrapa. Em todos os espaços, foram apresentadas práticas sustentáveis de referência, com destaque para três empresas sulmatogrossenses que mostraram práticas de economia circular.

Avanços ao aliar crescimento e preservação referendam MS na COP30, e Estado adere ao 'selo verde' europeu Avanços ao aliar crescimento e preservação referendam MS na COP30, e Estado adere ao ‘selo verde’ europeu - (Foto: Bruno Rezende/Secom)

“MS teve três empresas que foram selecionadas mostrando as práticas de referência, as chamadas boas práticas”, afirmou Verruck, ressaltando o papel do setor privado em criar um ambiente de investimentos aliado à sustentabilidade.

Projetos estratégicos e valorização do Pantanal - O governador também apresentou o projeto estadual de mercado de carbono, com lançamento previsto para janeiro, por meio de chamamento público para o mecanismo REDD jurisdicional. Os recursos captados devem beneficiar comunidades indígenas, ribeirinhas, produtores rurais e municípios comprometidos com a conservação. A iniciativa se integra à meta de neutralização de carbono e à valorização dos biomas locais.

Outro destaque é a Lei do Pantanal, que instituiu o Fundo Clima Pantanal para remunerar quem conserva o bioma. A proposta reconhece o papel dos produtores rurais e comunidades tradicionais na preservação ambiental.

Com essa articulação entre economia, conservação e inclusão social, Mato Grosso do Sul reforça sua posição de liderança na agenda global de desenvolvimento sustentável e cria um modelo para outros estados brasileiros seguirem.

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