
O deputado Marcos Pollon (PL-MS) investiu R$ 100 mil de emenda parlamentar na produção do documentário "Genocidas", um projeto financiado por nomes ligados ao governo Bolsonaro. O filme também recebeu verbas dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Mário Frias (PL-SP), totalizando mais de R$ 800 mil em dinheiro público.

A produção está sob responsabilidade da Associação Passos da Liberdade, presidida por Rodrigo Cassol Lima, ex-número 2 da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Cultural na gestão de Mário Frias. O grupo promete uma narrativa que "explora e correlaciona os horrores dos genocídios históricos na Europa com fatos contemporâneos na América Latina". Para isso, o orçamento inclui viagens para Armênia, Hungria, Itália, Rússia, Alemanha, Polônia e Brasil.
O nome da associação sugere uma trajetória consolidada, mas sua presença digital conta outra história: o canal no YouTube foi criado apenas no ano passado e, até agora, tem um único vídeo publicado – um documentário sobre a Operação Acolhida, com 59 visualizações.
Questionada sobre a destinação da verba, a assessoria de Marcos Pollon afirmou que se trata de "dinheiro público investido em um filme de interesse público, que relata fatos verdadeiros sobre a realidade brasileira".
