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INTERNACIONAL

Macron anuncia coalizão com 26 países para apoiar Ucrânia em eventual cessar-fogo

França e Reino Unido lideram iniciativa; força militar dependerá de aval dos EUA e busca dissuadir novos ataques de Putin

4 setembro 2025 - 16h25Pedro Lima*
Macron anunciou que 26 países estão dispostos a enviar tropas à Ucrânia em caso de cessar-fogo.
Macron anunciou que 26 países estão dispostos a enviar tropas à Ucrânia em caso de cessar-fogo. - Foto: LUDOVIC MARIN / AFP
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O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira (4) que 26 países — incluindo Reino Unido e França — se comprometeram a enviar tropas para uma força de “reasseguramento” da Ucrânia assim que houver um cessar-fogo. O objetivo é dissuadir novos ataques da Rússia, em meio à guerra que segue sem perspectiva de trégua.

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O anúncio foi feito após uma reunião em Paris, que contou com a presença de líderes europeus e representantes da chamada “coalizão dos dispostos”, grupo que reúne cerca de 30 nações e discute há meses planos de apoio militar a Kiev em um cenário de pós-guerra.

Apoio americano é decisivo

Tanto Macron quanto o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, defenderam que qualquer força europeia precisa do respaldo dos Estados Unidos. Entretanto, o presidente americano, Donald Trump, tem adotado postura ambígua: sinalizou envolvimento, mas recuou de suas exigências por um cessar-fogo imediato e limitou-se a dizer estar “decepcionado” com Vladimir Putin.

Em agosto, durante um encontro no Alasca, Trump não conseguiu persuadir o presidente russo a negociar nem aproximá-lo do líder ucraniano, Volodimir Zelenski.

Determinação europeia

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, declarou que a coalizão “não apenas está disposta, mas também é capaz de entregar” garantias de segurança à Ucrânia. Em publicação no X, acrescentou que novas sanções contra Moscou estão em elaboração, reforçando que a Rússia deve interromper “imediatamente a matança”.

Segundo a AFP, Zelenski e líderes europeus também conversaram com Trump após a cúpula em Paris, em encontro focado nas garantias de segurança para Kiev. As propostas incluem envio de tropas europeias, programas de treinamento militar e apoio “de respaldo” por parte dos EUA.

Diante de um Trump visto como imprevisível e de um Putin inflexível, a coalizão busca demonstrar que não abandonará a Ucrânia e que não será deixada de fora caso Washington e Moscou negociem diretamente um possível fim da guerra.

Os EUA foram representados em Paris pelo enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que também se reuniu separadamente com Zelenski.

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