
Em sua chegada ao Egito para a assinatura do acordo de paz em Gaza nesta segunda-feira (13), o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que continuará assegurando continuidade e estabilidade política, mesmo diante da crise que assola seu governo. Ele responsabilizou partidos que censuraram o exprimeiroministro François Bayrou e os que tentaram desestabilizar o atual premiê Sébastien Lecornu pelas desordens em curso.

“Como forças políticas decidiram censurar Bayrou e outras jogaram para desestabilizar Lecornu, são as únicas responsáveis por esta desordem”, declarou Macron. Ele acrescentou que cabe aos políticos “trabalhar pela estabilidade, não apostar na instabilidade” e pediu que todos “se recomponham e trabalhem de forma exigente e respeitosa”.
A fala de Macron ocorre em meio a uma grave crise institucional na França, com o governo de Sébastien Lecornu enfrentando forte oposição parlamentar e mobilização de motivações para moções de desconfiança. Sua nomeação e reestruturação ministerial têm sido alvo de críticas por parte de partidos da esquerda e da direita radical, que cobram soluções políticas rápidas e coerentes.
Especialistas consideram que Macron busca reafirmar sua autoridade e minimizar especulações sobre dissolução parlamentar ou renúncia, tentando concentrar o debate no discurso de responsabilidade para conter os efeitos da instabilidade no governo e na imagem da França no cenário internacional.
