
Nesta terça-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no Polo Automotivo Stellantis, em Betim (MG), para inaugurar um projeto ambicioso: o TechMobility – Centro Stellantis de Desenvolvimento de Produto & Mobilidade Híbrida-Flex. É o maior centro do tipo na América Latina e um marco para a empresa, que já lidera o setor automotivo no Brasil.

No palco, ao lado de John Elkann, chairman da Stellantis, Lula ouviu os anúncios que interessam ao governo e à indústria. A Stellantis vai investir R$ 32 bilhões até 2030 e contratar 400 engenheiros para desenvolver tecnologias de eletrificação e motores híbridos. Além disso, prometeu 1.500 novas vagas em suas fábricas no Brasil.
Mas nem só de carros e inovação se fez a cerimônia. A Stellantis revelou um plano de filantropia voltado para a educação na América do Sul, que vai beneficiar 165 mil estudantes, capacitar 1.000 professores e atender mais de 200 escolas. “A indústria automotiva precisa olhar além das fábricas”, pontuou Elkann.
A visita aconteceu em um momento em que o Brasil busca recuperar protagonismo na indústria global e acelerar a transição para veículos menos poluentes. No país, a Stellantis já vende modelos híbridos como os Fiat Pulse e Fastback Hybrid e aposta no Bio-Hybrid, uma solução que combina eletrificação e etanol.
“Estamos preparados para impulsionar a descarbonização da mobilidade, oferecendo soluções inovadoras, seguras, sustentáveis e acessíveis”, afirmou Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul.
Mais híbridos, menos gasolina - A Stellantis domina o mercado de automóveis e comerciais leves no Brasil, Argentina e América do Sul, com 22,9% de participação no continente. No ano passado, vendeu mais de 916 mil veículos na região. Agora, aposta no TechMobility para transformar a maneira como esses carros serão feitos.
O novo centro será o coração da estratégia híbrida da marca. Ele vai desenvolver motores híbridos flex e elétricos de baixa e alta voltagem, dando continuidade ao plano que já começou com os modelos híbridos da Fiat.
Além dos novos motores, a Stellantis pretende lançar 40 novos veículos e 8 powertrains nos próximos anos. E não só no Brasil: os investimentos envolvem toda a cadeia de produção automotiva da empresa na América do Sul.
“Esse avanço só é possível devido ao trabalho conjunto de nossos colaboradores, parceiros e rede de suprimentos. Queremos consolidar a Stellantis como referência na mobilidade do futuro”, destacou Cappellano.
Além da fábrica: a aposta na educação - A Stellantis também anunciou a maior ação social da sua história na América do Sul. Com o novo programa, a empresa pretende investir em escolas, capacitar professores e dar suporte a alunos em situação de vulnerabilidade.
“A indústria pode transformar a sociedade. Queremos apoiar projetos que promovam inclusão, educação e desenvolvimento sustentável nas comunidades onde atuamos”, disse Cappellano.
Lula assistiu a tudo com atenção. No fim, a visita do presidente reforça o peso da Stellantis na economia brasileira. Para o governo, uma indústria forte e inovadora é essencial para geração de empregos e para a transição energética. Para a Stellantis, esse é um passo estratégico para se consolidar como líder na eletrificação da frota brasileira.
