
A imprensa internacional repercutiu nesta segunda-feira (6) a videoconferência de 30 minutos entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, dos Estados Unidos, na qual trocaram contatos para comunicação direta.

Os veículos destacaram que Lula solicitou o fim das tarifas extras de 40% sobre produtos brasileiros e a suspensão de medidas contra autoridades brasileiras. O The Washington Post informou que o presidente brasileiro também reforçou o convite para que Trump participe da COP 30, em Belém (PA).

O espanhol El País ressaltou que se trata da primeira conversa entre os líderes desde o aumento das tensões diplomáticas em razão do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O jornal observou que a ligação “parece suavizar uma relação que havia alcançado altos níveis de tensão”.
O francês Le Monde descreveu o contato como “amigável” e mencionou a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) nas negociações, ressaltando que tudo ocorreu “melhor que o esperado”.

A Bloomberg destacou a reação positiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a intercessão de empresários brasileiros nos EUA, que forneceram informações setoriais para facilitar o diálogo entre os países.
O jornal português Público classificou o momento como “uma crise diplomática sem precedente”, desencadeada pela condenação de Bolsonaro e pela presidência brasileira nos BRICS. A reportagem lembrou que, além das tarifas, os EUA restringiram vistos de autoridades políticas e judiciais do Brasil e aplicaram a Lei Magnitsky ao juiz Alexandre de Moraes, relator do processo contra Bolsonaro.
