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21 de setembro de 2025 - 18h39
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POLÍTICA EXTERNA

Lula discursa na ONU e pode ter encontro nos bastidores com Donald Trump

Presidente brasileiro viaja a Nova York para defender soberania, democracia e paz em meio a tensões com os EUA

21 setembro 2025 - 16h30Mateus Maia
Lula embarca para Nova York, onde abrirá a Assembleia Geral da ONU e pode se encontrar com líderes como Trump e Zelensky.
Lula embarca para Nova York, onde abrirá a Assembleia Geral da ONU e pode se encontrar com líderes como Trump e Zelensky. - Foto: WILTON JUNIOR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou neste domingo (21) para Nova York, onde participará da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A principal atividade acontece na próxima terça-feira (23), quando o chefe do Executivo brasileiro abre oficialmente os discursos do evento. Além do tradicional pronunciamento, Lula deve se reunir com líderes globais e participar de encontros temáticos sobre meio ambiente, Palestina, democracia e segurança internacional.

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A expectativa é que, pela primeira vez desde o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, Lula e o republicano estejam no mesmo ambiente. O ex-presidente brasileiro será o primeiro a falar na tribuna da ONU e, na sequência, será a vez de Trump. A possibilidade de um encontro informal entre os dois nos bastidores não está descartada.

Tensões comerciais e posicionamento político

O clima entre Brasil e Estados Unidos é de tensão diplomática desde que Trump impôs tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. Além disso, o republicano já sinalizou a possibilidade de impor novas sanções após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

Apesar da crise, a orientação do governo brasileiro é para que Lula mantenha um tom mais diplomático e moderado em seu discurso, sem ataques diretos ao presidente norte-americano. A estratégia é usar o púlpito da ONU para reforçar a defesa da soberania nacional, da democracia e do multilateralismo.

Palestina e Ucrânia seguem na pauta

Lula também deve usar seu tempo na Assembleia Geral para defender o reconhecimento do Estado da Palestina, tema que tem marcado sua atuação internacional desde o início do conflito na Faixa de Gaza. Outro ponto que será reiterado é a necessidade de uma solução pacífica para a guerra entre Rússia e Ucrânia, conflito em que o Brasil tem adotado uma postura de equilíbrio e diálogo.

Possível encontro com Zelensky

O governo brasileiro confirmou interesse em realizar uma reunião bilateral entre Lula e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ainda nesta semana em Nova York. Segundo apuração do Broadcast Político, o pedido partiu da Ucrânia, e há disposição do Brasil para atender.

No entanto, ainda não há confirmação oficial, principalmente por questões de segurança. Zelensky costuma manter sua agenda sob sigilo, o que dificulta a organização do encontro. Além disso, Lula recebeu cerca de 30 pedidos de reuniões bilaterais durante o evento, e sua equipe diplomática está avaliando os compromissos com cautela, com possíveis definições apenas entre o final de domingo (21) e segunda-feira (22).

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