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INTERNACIONAL

Lula avalia presença em conferência em Nova York para defender criação do Estado Palestino

Encontro patrocinado por França e Arábia Saudita ocorre dia 22, em meio a tensões do Brasil com Israel e EUA, e antecede a Assembleia Geral da ONU.

15 setembro 2025 - 13h55Felipe Frazão
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participa de uma reunião em Brasília
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participa de uma reunião em Brasília - (Foto: Eraldo Peres/ AP)
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Em meio a desgaste diplomático com Israel e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia participar, em 22 de setembro, da Conferência para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, em Nova York. O evento, patrocinado por França e Arábia Saudita, tem como foco defender a criação de um Estado Palestino, proposta que confronta as posições de Binyamin Netanyahu e Donald Trump.

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A iniciativa ganha força após o bombardeio israelense em Doha, no Catar, contra lideranças do Hamas, ação duramente condenada pelo governo brasileiro por violar a soberania de um terceiro país.

Na Assembleia Geral da ONU, países manifestaram amplo apoio à criação do Estado Palestino e reprovaram o ataque terrorista do Hamas que deu início à guerra em Gaza. EUA e Israel boicotaram a proposta, e Netanyahu reafirmou que “não haverá um Estado Palestino”, defendendo a expansão de assentamentos na Cisjordânia.

O Itamaraty confirmou que Lula foi convidado para a conferência, que terá sua segunda edição. Em julho, o chanceler Mauro Vieira representou o Brasil no primeiro encontro e anunciou medidas de crítica a Israel. O País, junto com o Senegal, coordenou um dos grupos de trabalho, voltado à promoção do respeito ao direito internacional para viabilizar a solução de dois Estados.

A viagem de Lula a Nova York já inclui compromissos de cinco dias, com participação na Semana do Clima e no debate geral da ONU, que celebra os 80 anos da organização. No discurso de abertura, Lula deve abordar temas como reforma do Conselho de Segurança, defesa da soberania nacional, reforma da OMC, mudanças climáticas, democracia e os conflitos no Irã, Ucrânia e na Faixa de Gaza.

Integrantes do Palácio do Planalto afirmam que a presença do presidente no encontro pró-Palestina dependerá da adesão de outros líderes globais: Lula só deixaria de comparecer se o evento perder relevância internacional.

Além disso, o governo brasileiro prepara em Nova York uma reunião em defesa da democracia em parceria com Chile e Espanha, e debates sobre a COP30 e o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF).

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