As crianças serão convidadas a realizar trabalhos a partir de obras da artista que é uma das expoentes das artes plásticas e mais importante figura feminina modernista em Mato Grosso do Sul. O enfoque do trabalho com as crianças terá como tema as obras libertas do academicismo, em que a artista transita pelo campo onírico surrealista.

Serviço
A atividade acontece somente no dia 28 de fevereiro, das 15h às 17h com valor simbólico de R$ 1,00. As vagas são limitadas.
Outras informações no Marco, pelo telefone (67) 3326-7449, das 12h30 às 17h30, ou no site: www.marcovirtual.com.br. Unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, o Marco fica na Rua Antônio Maria Coelho, 6000, Parque das Nações Indígenas.
Lídia Baís
De família italiana, Lídia Baís nasceu em 1901 em Campo Grande quando esta era apenas um vilarejo. Inquieta e curiosa desde criança, seu pai, Bernardo Franco Baís, percebeu em Lídia um talento especial. A artista começou no Rio de Janeiro seus estudos em pintura com o célebre Henrique Bernardelli e são desta fase suas obras mais acadêmicas, embora flertasse com as novidades trazidas pela Semana de Arte Moderna em São Paulo, o que é evidenciado no conjunto de sua obra.
Com a sua viagem à Europa em 1927, Lídia entrou em contato com grandes pintores e conheceu Ismael Nery, considerado o primeiro artista surrealista do Brasil, cuja obra e amizade a influenciariam para sempre. De volta ao Rio de Janeiro retoma seus estudos com os irmãos Bernardelli e Osvaldo Teixeira e realiza exposição individual na Policlínica do Rio em 1929.
Incompreendida e sob pressão da família retorna a Campo Grande, onde restavam às moças os afazeres domésticos e o casamento. Sentindo-se enclausurada deu início a pintura de alegorias no sobrado de sua família.
Resignou-se a sua terra natal cerrada em si mesma, porém tinha esperança na compreensão futura de sua obra. Morreu no dia 19 de outubro de 1985, com esclerose e sozinha em uma casa repleta de animais e obras de arte encaixotadas, com poucas companhias fiéis, entre elas a de sua sobrinha Nely Martins, que antecipando o futuro, promoveu exposições quando a artista ainda estava viva e, com a ajuda de familiares, organizou e doou todo seu acervo à Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
