O governo de Mato Grosso do Sul anunciou o adiamento do leilão da Rota da Celulose, planejado para esta sexta-feira (6). A ausência de propostas no certame realizado na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Apesar do resultado, especialistas destacam que o projeto segue promissor e estratégico para o estado, que busca fortalecer sua infraestrutura logística e atrair novos investimentos.
Um projeto robusto e estratégico - O pacote de concessão inclui 870,4 quilômetros de rodovias que conectam as principais áreas produtivas de celulose do estado a mercados em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Com previsão de R$ 8,8 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos, o projeto promete duplicação de trechos, construção de acostamentos e terceiras faixas, além de vias marginais e dispositivos de segurança em pontos críticos.
Segundo o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), o adiamento permitirá ajustes estratégicos para fortalecer a atratividade da concessão. "A nova data será comunicada oficialmente ao mercado assim que os detalhes forem alinhados, reforçando nosso compromisso em entregar infraestrutura de qualidade", declarou o governo em nota.
Potencial logístico de MS em destaque - Mato Grosso do Sul tem consolidado sua posição como um dos principais polos de produção e exportação do Brasil, especialmente em setores como celulose, grãos e carnes. A Rota da Celulose é fundamental para conectar o estado a grandes centros de consumo e exportação, aumentando a eficiência logística e reduzindo custos.
A duplicação do trecho entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, que abrigará uma das maiores fábricas de celulose do mundo, é apenas um exemplo do impacto positivo que o projeto pode trazer. Mesmo com o adiamento do leilão, o governo reforça que a infraestrutura será um pilar para atrair novos investidores e fomentar o crescimento regional.
O que vem a seguir? - O cenário nacional de concessões, com outros leilões programados em estados como Goiás e Paraná, pode ter influenciado o momento do certame. Apesar disso, Mato Grosso do Sul segue otimista em relação à realização do projeto. Ajustes no modelo de concessão, incluindo condições mais atrativas para o mercado, estão em análise.
