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ATAQUE DE ONÇA

Laudo revela que caseiro tentou se defender de ataque de onça no Pantanal

Delegado confirma que vítima estava viva no momento do ataque; restos foram encontrados nas fezes do animal

8 maio 2025 - 17h51Da Redação
Jorge Ávalo, o Jorginho, em imagem feita antes do ataque: Caseiro tinha 60 anos e era funcionário de um pesqueiro na região do Touro Morto, em Corumbá.
Jorge Ávalo, o Jorginho, em imagem feita antes do ataque: Caseiro tinha 60 anos e era funcionário de um pesqueiro na região do Touro Morto, em Corumbá. - (Foto: Reprodução)

O caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, conhecido como Jorginho, tentou se defender no momento em que foi atacado por uma onça-pintada no Pantanal. É o que revela o laudo preliminar sobre o caso, divulgado nesta quarta-feira (7).

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Segundo o delegado Luis Fernando Mesquita, responsável pela investigação, Jorginho estava vivo quando foi atacado e apresentava uma lesão no braço compatível com tentativa de defesa. A informação foi confirmada a partir de exames feitos no corpo e nos vestígios deixados pelo animal. “Há uma lesão em membro superior, de defesa, com reação vital, compatível com ataque de animal silvestre de grande porte”, explicou o delegado.

Fragmentos foram encontrados nas fezes da onça - Além da análise no corpo da vítima, foram encontrados fragmentos de ossos e fios de cabelo nas fezes da onça, recolhidas um dia após sua captura na região do pesqueiro Touro Morto, em Corumbá, no dia 25 de abril.

O material foi enviado para análise pericial, mas ainda não há confirmação se os vestígios são humanos. O delegado afirma que os exames são complexos e precisam de cuidado especial. “Estamos prezando pela qualidade do trabalho. Como é algo sensível, preferimos garantir precisão nos resultados finais”, declarou.

O ataque e as buscas no Pantanal - O ataque aconteceu na madrugada do dia 21 de abril, numa área de difícil acesso no Pantanal sul-mato-grossense. Jorginho era caseiro de um pesqueiro, e foi dado como desaparecido por um guia de pesca, que foi até o local comprar mel.

Ao notar a ausência do caseiro, o guia encontrou vestígios de sangue e pegadas de onça e acionou a Polícia Militar Ambiental (PMA). As imagens dos rastros também circularam nas redes sociais.

As buscas mobilizaram equipes da PMA de Corumbá, Miranda e Aquidauana, além do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (GPA) e da Polícia Civil. O local só pode ser alcançado por barco — com cerca de duas horas de navegação — ou por helicóptero.

Equipes da PMA e Polícia Civil durante o resgate dos restos mortais de Jorge Ávalo: Caseiro foi atacado por uma onça-pintada em área remota do Pantanal, com acesso apenas por embarcação ou helicóptero.Equipes da PMA e Polícia Civil durante o resgate dos restos mortais de Jorge Ávalo: Caseiro foi atacado por uma onça-pintada em área remota do Pantanal, com acesso apenas por embarcação ou helicóptero. - (Foto: Reprodução)

Onça segue em observação veterinária - A onça-pintada, capturada após o ataque, é uma fêmea com cerca de nove anos de idade. De acordo com o boletim veterinário divulgado na terça-feira (6), ela está ativa, consciente e consome toda a alimentação oferecida.

O animal apresenta comportamento noturno e reativo à presença humana, segundo a equipe técnica. Ainda não há definição sobre o destino da onça.

Onça-pintada capturada após o ataque se mostra reativa à presença humana: Animal está sob observação veterinária, com alimentação normal e comportamento ativo, segundo boletim técnico.Onça-pintada capturada após o ataque se mostra reativa à presença humana: Animal está sob observação veterinária, com alimentação normal e comportamento ativo, segundo boletim técnico. - (Foto: Reprodução)
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