
O fenômeno La Niña voltou a atuar no Oceano Pacífico e deve permanecer ativo até o início de 2026, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). O resfriamento das águas começou a ser observado em setembro e deve se intensificar entre dezembro e fevereiro.

De acordo com a agência norte-americana, há 55% de probabilidade de retorno à neutralidade entre janeiro e março do próximo ano. As temperaturas da superfície do mar no Pacífico central e oriental estão cerca de 0,5 °C abaixo da média, sinal claro do fortalecimento do fenômeno.
Efeitos no clima global - A La Niña altera o comportamento da atmosfera, afetando ventos, formações de nuvens e padrões de chuva em várias partes do planeta. O relatório da NOAA aponta que o sistema oceano-atmosférico já apresenta as características típicas do fenômeno:
Ventos mais fortes vindos do leste,
Aumento das chuvas na região da Indonésia,
Condições mais secas na área central do Pacífico.
A NOAA informou que continuará monitorando o fenômeno e divulgará uma nova atualização em 13 de novembro.
A La Niña e o El Niño são fenômenos climáticos opostos, resultantes da interação entre o oceano e a atmosfera na região equatorial do Pacífico. Enquanto o El Niño se caracteriza pelo aquecimento das águas, a La Niña ocorre quando há resfriamento anormal, o que altera o regime de chuvas e temperaturas em várias regiões do mundo.
Esses fenômenos têm influência direta sobre o clima da América do Sul, interferindo em períodos de seca, estiagem, enchentes e até na frequência de incêndios florestais.
Efeitos no Brasil - A NOAA classificou o atual episódio como La Niña fraca, o que indica impactos menos intensos do que em anos anteriores. Mesmo assim, especialistas alertam para mudanças perceptíveis nas condições climáticas no Brasil ao longo dos próximos meses.
Veja os principais efeitos esperados:
Chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste, especialmente durante o verão;
Períodos mais secos e frios na região Sul, o que pode agravar estiagens em áreas agrícolas;
Maior risco de incêndios florestais no Pantanal e na Amazônia, caso haja redução das chuvas em meses-chave.
Meteorologistas ressaltam que o comportamento do fenômeno ainda pode variar e que o monitoramento constante será essencial para prever e mitigar os impactos no campo e nas cidades.
