
O Brasil pode enfrentar uma La Niña fraca a partir do fim da primavera, com reflexos mais evidentes durante o verão, segundo previsão da Climatempo. O fenômeno é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e tem impacto direto no regime de chuvas e temperaturas do país.

Atualmente, o clima está em fase de neutralidade após o encerramento do último El Niño, que havia enfraquecido em março. Mas a tendência pode mudar nos próximos meses, conforme apontam os últimos dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Meteorologistas explicam que, mesmo sendo de curta duração e intensidade fraca, a La Niña pode provocar alterações significativas:
Chuvas acima da média no Norte e Nordeste, principalmente no verão;
Tempo mais seco no Sul, com risco de estiagens em áreas agrícolas;
Maior risco de incêndios no Pantanal e na Amazônia caso as chuvas diminuam em períodos críticos.
Probabilidades para os próximos trimestres
Segundo os modelos climáticos analisados pela Climatempo, as chances de formação do fenômeno crescem à medida que o ano avança:
Setembro a novembro de 2025: 55% de probabilidade de La Niña e 45% de neutralidade;
Outubro a dezembro de 2025: 60% de probabilidade de La Niña e 40% de neutralidade.
Não há previsão de formação de El Niño neste período. “O avanço da primavera aumenta a tendência de instalação da La Niña, tornando cada vez mais provável a consolidação do fenômeno ainda em 2025”, afirmou o meteorologista Guilherme Borges, da Climatempo.
Para que a La Niña seja reconhecida oficialmente, a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos) exige que a temperatura da superfície do mar na região conhecida como Niño 3.4 fique abaixo de -0,5°C por três trimestres consecutivos.
A primavera no Brasil começa em 22 de setembro, mesmo dia em que termina o inverno, e deve ser marcada por essa transição climática.
