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CASO GRITZBACH

Justiça Militar solta três PMs acusados de envolvimento na execução de delator do PCC

Justiça Militar solta três PMs acusados de envolvimento na execução de delator do PCC

11 setembro 2025 - 11h00Redação
Corregedoria da Polícia Militar indicia 16 integrantes sob suspeita de crimes ligados ao assassinato do empresário Antonio Vinícius Lopes Gritzbach
Corregedoria da Polícia Militar indicia 16 integrantes sob suspeita de crimes ligados ao assassinato do empresário Antonio Vinícius Lopes Gritzbach - (Foto: Ítalo Lo Re/Estadão)
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Três policiais militares acusados de envolvimento na execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, ex-delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), foram colocados em liberdade nesta quarta-feira (10) por decisão do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.

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Os PMs — o tenente Thiago Maschion Angelim da Silva e os soldados Abraão Pereira Santana e Julio Cesar Scalett Barbini — vão responder ao processo fora da prisão, conforme decisão do Conselho Permanente de Justiça. Eles estão entre os 15 agentes acusados de crimes como falsidade ideológica e participação em organização criminosa. A defesa dos réus não foi localizada.

Gritzbach foi morto a tiros em novembro de 2023, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O crime chocou pela ousadia da execução e pelo envolvimento de integrantes da Polícia Militar, revelado em investigação da Corregedoria.

Segundo o inquérito, os PMs davam escolta particular ao empresário, mesmo tendo ciência de sua ligação com o crime organizado. Ainda segundo o relatório, essa prática, mesmo sendo informalmente tolerada, foi considerada pela Corregedoria como um claro desvio de conduta com implicações penais. A escolta também teria sido prestada a outros membros da facção, como os criminosos conhecidos como Django, Cebola e Japa.

Entre os denunciados estão o cabo Denis Antonio Martins e o soldado Ruan Silva Rodrigues, identificados como os autores dos disparos, além do tenente Fernando Genauro da Silva, que teria dirigido o carro usado no transporte dos executores até o local do crime.

No total, 12 policiais foram indiciados por integrar uma organização criminosa. Um outro agente também responde por falsidade ideológica e prevaricação.

De acordo com o relatório final da Corregedoria da PM, os envolvidos agiram de forma consciente e articulada, comprometendo a hierarquia da corporação e a confiança da sociedade. “Não apenas se afastaram dos deveres institucionais, como também afrontaram os pilares da hierarquia, comprometendo a imagem da corporação”, destaca o documento.

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