O Tribunal de Apelações do 2º Circuito dos Estados Unidos manteve, nesta segunda-feira (8), a condenação que obriga o ex-presidente Donald Trump a pagar US$ 83,3 milhões à colunista E. Jean Carroll por danos relacionados a ataques públicos feitos contra ela após uma acusação de agressão sexual.
A decisão rejeitou o pedido de apelação feito pela defesa de Trump, que tentava anular a indenização por difamação fixada por um júri civil. Segundo o tribunal, os valores estabelecidos “são justos e razoáveis”, considerando o teor e a repetição dos ataques.
O caso diz respeito às declarações feitas por Trump nas redes sociais e em entrevistas, nas quais ele negou as acusações de Carroll e a insultou publicamente. As declarações ocorreram após a jornalista acusá-lo de tê-la agredido sexualmente na década de 1990, em um provador da loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Nova York.
Essa não é a primeira condenação relacionada ao caso. Em 2023, Trump já havia sido sentenciado a pagar US$ 5 milhões à colunista por agressão sexual e difamação. A nova decisão de hoje diz respeito à conduta do ex-presidente após essa condenação inicial — mais especificamente, às novas declarações ofensivas feitas contra Carroll, que seguiram mesmo depois do julgamento.
Os advogados de Trump tentaram argumentar que a indenização era excessiva e que o caso deveria ser reavaliado em um novo julgamento. No entanto, o tribunal considerou que as provas apresentadas eram suficientes para sustentar o valor da compensação.
A equipe jurídica do ex-presidente ainda pode recorrer à Suprema Corte dos Estados Unidos, mas, até o momento, não há confirmação sobre os próximos passos legais.
