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15 de novembro de 2025 - 10h02
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CASO LEANDRO LO

Policial que matou Leandro Lo é absolvido pelo júri em São Paulo

Defesa sustentou legítima defesa; decisão revolta familiares e fãs do lutador campeão de jiu-jitsu

15 novembro 2025 - 08h16Redação
Leandro Lo foi oito vezes campeão mundial de jiu-jitsu e era um dos nomes mais respeitados do esporte
Leandro Lo foi oito vezes campeão mundial de jiu-jitsu e era um dos nomes mais respeitados do esporte - (Foto: Reprodução/Instagram)

O Tribunal do Júri de São Paulo absolveu, nesta sexta-feira (14), o policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo em 2022. A decisão foi tomada após três dias de julgamento no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista, e acolheu a tese de legítima defesa apresentada pelos advogados do tenente.

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Leandro Lo foi atingido por um disparo na cabeça durante um show no Clube Sírio, na zona sul de São Paulo, na madrugada de 7 de agosto de 2022. Ele tinha 33 anos e morreu poucas horas depois. O caso ganhou grande repercussão no país e no exterior devido à trajetória vitoriosa do atleta nos tatames.

Durante o julgamento, a defesa de Velozo apresentou provas que, segundo os advogados, demonstravam que o policial reagiu para se defender de uma agressão. “Leandro Lo foi um grande campeão e isso precisa ser reconhecido. Mas também é necessário reconhecer que, infelizmente, ele foi o responsável por essa tragédia”, afirmou o advogado Cláudio Dalledone após o fim do julgamento.

Com a absolvição, Henrique Velozo, que estava preso, volta a ser considerado inocente do crime. Ele havia sido excluído da Polícia Militar por decisão do Tribunal de Justiça Militar, mas conseguiu reverter a demissão por meio de uma liminar do desembargador Ricardo Dip, que suspendeu decreto do governador Tarcísio de Freitas publicado em setembro deste ano.

O Ministério Público de São Paulo havia denunciado o policial por homicídio triplamente qualificado, com agravantes como motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo testemunhas ouvidas durante a reconstituição do crime, o desentendimento teria começado durante o evento e, em determinado momento, Lo imobilizou o tenente. Após ser solto, o policial teria sacado a arma e atirado contra o lutador antes de fugir.

Mesmo com esses elementos, os jurados acolheram a versão da defesa, que sustentou que o PM estava em desvantagem física e agiu para se proteger.

Repercussão e indignação - A decisão da Justiça causou indignação entre familiares, amigos e admiradores do atleta. A mãe de Leandro, Fátima Lo, compartilhou em suas redes sociais uma mensagem lamentando o desfecho do julgamento: “Os jurados acolheram a tese de legítima defesa, e com isso o réu não responderá criminalmente pelo disparo que tirou a vida de um dos maiores campeões da história do esporte”, dizia a publicação.

A repercussão nas redes sociais também foi intensa, com manifestações de tristeza e revolta de praticantes de jiu-jitsu e atletas de diversas modalidades.

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