
Aos 19 anos e com raízes na infância corumbaense, Eloize Cáceres Duarte agora carrega o Pantanal para um dos maiores palcos da ecologia mundial. Exeducanda da Cidade Dom Bosco, ela foi selecionada para representar a região na COP30, que ocorrerá em 2025 em Belém (PA). Sua trajetória une fé, pesquisa ambiental e compromisso social — um retrato inspirador para novas gerações.

Eloize, hoje estudante de Ciências Biológicas na UFMS/CPAN, atua como pesquisadora em microbiologia agrícola com foco no Pantanal. A escolha para a comitiva veio após sua participação na Plenária Preparatória das Juventudes dos Biomas, em Campo Grande, onde jovens ativistas de todo o estado apresentaram projetos e propostas para representar seus ecossistemas na conferência climática. Ela foi a participante mais votada entre os jovens do Pantanal, garantindo uma das duas vagas previstas para a região.
Sua história na Cidade Dom Bosco ajudou a moldar sua visão de mundo. Como educanda no programa PCAF, participou de oficinas de Libras, Colônias de Férias, foi monitora e integrou o Programa Adolescente Aprendiz. Também participou das Jornadas Salesianas e foi representante da juventude corumbaense em visita ao reitor-mor salesiano. Esses passos lhe deram base emocional, social e espiritual.
A devoção teve papel simbólico em momentos decisivos. Eloize relembra a angústia prévestibular: “Quando estava nervosa, participei da novena de São João Bosco. Senti paz e força para seguir”. Guarda até hoje uma medalha desse período, símbolo de sua oração e fé em seu próprio caminho.
Na COP30, ela quer ir além da foto oficial. “Não levo só meu nome: levo as histórias do Pantanal, de minha cidade e de minha família. Quero mostrar que jovens daqui fazem ciência, têm voz e sonham por um futuro sustentável.”
Fernando Melgar, coordenador da Cidade Dom Bosco, celebra essa conquista: “Eloize representa não apenas os jovens pantaneiros, mas o poder transformador da educação. Ela mostra que investir em jovens é permitir que eles ocupem qualquer espaço.”
A Cidade Dom Bosco, com seus 64 anos de atuação em Corumbá, oferece programas sociais como PCAF, Adolescente Aprendiz e Adoção à Distância, além de manter ações pastorais e comunitárias. Nela, jovens como Eloize encontram acolhida e oportunidade — e hoje o mundo os observa.
