Começa na próxima segunda-feira (3), no município de Barra do Piraí (RJ), a Jornada de Foguetes 2025, evento nacional que vai reunir até dezembro mais de 5.200 estudantes de todo o Brasil. A atividade é voltada aos alunos premiados na Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG) e marca o encerramento da competição científica, que neste ano mobilizou mais de 300 mil participantes.
Nesta primeira etapa, que vai até 6 de novembro, participam estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, que lançarão foguetes construídos com garrafa PET, movidos a água e ar comprimido. Os lançamentos acontecem em total segurança nas áreas abertas do Hotel Fazenda Ribeirão, local tradicional da jornada.
"A jornada é uma experiência única. Os estudantes aprendem a construir dois novos tipos de foguetes e voltam às suas escolas muito mais preparados", explica o astrônomo João Canalle, coordenador da OBA e da OBAFOG.
Oficinas, foguetes e ciência na prática - A programação inclui palestras com especialistas em astronomia e astronáutica, oficinas práticas sobre ciências espaciais e observações noturnas das constelações. Além dos lançamentos de foguetes, os participantes aprendem a montar artefatos com sistemas de paraquedas e sensores eletrônicos embarcados que detectam a altura atingida (apogeu) e o momento certo de abrir o paraquedas.
A OBAFOG distribuiu 6.188 medalhas em 2025, sendo 60,2% destinadas a alunos da rede pública de ensino. Os melhores colocados de cada etapa da jornada recebem troféus e menções honrosas.
A jornada será realizada em outras quatro etapas: de 10 a 13 de novembro, 24 a 27 de novembro, 1º a 4 de dezembro e 8 a 11 de dezembro. O evento contempla estudantes em quatro níveis de participação:
Nível 3: alunos do ensino fundamental, com foguetes de água e ar comprimido;
Nível 4: ensino médio, com foguetes movidos a vinagre e bicarbonato;
Nível 5: foguetes com propelente sólido, feitos com tubos de PVC;
Nível 6: foguetes de múltiplos estágios.
Além dos estudantes, os professores também participam ativamente da jornada. Eles aprendem a construir e lançar foguetes e atuam como orientadores de suas equipes. "É um aprendizado completo, que estimula a ciência desde cedo e aproxima os alunos das carreiras tecnológicas", afirma Canalle.
