Um jato de combate indiano do modelo HAL Tejas caiu nesta sexta-feira (21) durante um voo de demonstração no Dubai Air Show, nos Emirados Árabes Unidos. O acidente ocorreu logo após a decolagem e matou o piloto. O avião se chocou contra o solo no Aeroporto Internacional Al Maktoum, localizado no Dubai World Central.
A tragédia foi presenciada por centenas de pessoas que assistiam à exibição aérea. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a aeronave parece perder o controle e mergulha diretamente em direção ao solo, provocando pânico entre os espectadores.
Em comunicado oficial, a Força Aérea Indiana (IAF) lamentou a morte do piloto e disse que uma investigação será conduzida para apurar as causas do acidente. “A IAF lamenta profundamente a perda de vida e está com a família neste momento de luto”, afirmou.
O voo de demonstração fazia parte do encerramento do Dubai Air Show, que é um dos maiores eventos da indústria aeronáutica global. Após o acidente, as apresentações foram temporariamente suspensas, mas retomadas cerca de uma hora e meia depois. A equipe de acrobacias da força aérea russa, conhecida como “Cavaleiros Russos”, sobrevoou o local enquanto as equipes de emergência ainda trabalhavam na área do impacto.
Bombeiros atuam após avião cair e explodir no Aeroporto Internacional Al Maktoum, em Dubai, Emirados Árabes Unidos. Foto: Dubai Media Office via AP
O HAL Tejas é um caça leve de fabricação indiana, desenvolvido pela estatal Hindustan Aeronautics Limited (HAL). A aeronave é vista como peça central no esforço da Índia para modernizar sua frota de caças, em um contexto de crescente tensão com a China e o Paquistão.
O governo indiano assinou recentemente um contrato para aquisição de 97 jatos Tejas, com entregas previstas a partir de 2027. Esse novo pedido se soma a outro acordo, firmado em 2021, para fornecimento de 83 unidades. As entregas desse primeiro lote, no entanto, enfrentaram atrasos devido à escassez de motores, que são importados dos Estados Unidos.
O acidente em Dubai deve provocar novas análises sobre a segurança operacional do modelo, que até então vinha sendo promovido internacionalmente como uma alternativa de baixo custo e fabricação nacional para fortalecer as defesas da Índia e atrair interesse de países parceiros.
