
O representante de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Jonathan Miller, declarou neste domingo, 10, que o país “não tem planos nem desejo de ocupar permanentemente Gaza”. Segundo ele, a decisão mais recente do governo israelense é “libertar a Faixa de um regime de terror” e garantir que o Hamas não volte a controlar o território.

Durante reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, Miller afirmou que o gabinete de segurança definiu cinco princípios para encerrar o conflito: desarmar o Hamas, garantir a devolução de todos os reféns, desmilitarizar a Faixa de Gaza, manter o controle de segurança israelense e criar uma administração civil pacífica que não seja governada pelo Hamas nem pela Autoridade Palestina.
“Essa é a única maneira de garantir um futuro melhor tanto para israelenses quanto para palestinos”, disse o diplomata.
A convocação do encontro ocorreu após o anúncio do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na última sexta-feira, de que o Exército se prepara para assumir o controle da principal cidade do território palestino. Segundo Netanyahu, a ofensiva busca derrotar definitivamente o Hamas e resgatar os reféns mantidos pelo grupo desde os ataques de 7 de outubro de 2023.
A proposta de avançar sobre a cidade de Gaza tem provocado críticas de líderes internacionais e protestos dentro de Israel, especialmente de familiares dos cerca de 50 reféns ainda em poder do Hamas. Organizações humanitárias alertam que a operação pode agravar a crise já severa no território, onde metade da população enfrenta risco de fome extrema.
