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GUERRA EM GAZA

Israel amplia ofensiva terrestre com bombardeios intensos na Cidade de Gaza

Palestinos relatam destruição em áreas residenciais e milhares buscam refúgio no sul; EUA reforçam apoio a Israel

16 setembro 2025 - 09h15Redação
Israel lança grande ataque terrestre e diz que Gaza está em chamas
Israel lança grande ataque terrestre e diz que "Gaza está em chamas" - (Foto: Reuters)
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Israel iniciou nesta terça-feira (16) a fase mais intensa de sua ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, em meio a bombardeios descritos por moradores como os mais violentos desde o início do conflito há dois anos. Tropas israelenses avançam em direção ao centro da cidade, onde, segundo estimativas do Exército de Israel (IDF), cerca de 3 mil combatentes do Hamas ainda resistem.

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O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou em sua conta no X que "Gaza está em chamas", afirmando que os ataques têm como objetivo enfraquecer a infraestrutura do Hamas e criar condições para a libertação de reféns. “A IDF ataca com mão de ferro a infraestrutura terrorista, e os soldados estão lutando bravamente”, publicou.

De acordo com autoridades de saúde da Faixa de Gaza, pelo menos 40 pessoas morreram nas primeiras horas da ofensiva, a maioria na Cidade de Gaza. Além dos ataques aéreos, moradores relataram a presença de tanques em diferentes pontos da região.

Em meio à escalada militar, Israel renovou o apelo para que a população deixe a cidade. Longas filas de palestinos foram vistas em direção ao sul e ao oeste, muitos em carroças puxadas por animais, veículos improvisados ou mesmo a pé.

“Eles estão destruindo torres residenciais, mesquitas, escolas e estradas. Estão apagando nossas memórias”, afirmou Abu Tamer, de 70 anos, que seguia com a família para fora da cidade.

Um dia antes da intensificação dos ataques, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, esteve em Jerusalém e declarou apoio ao governo israelense, que abandonou as negociações de cessar-fogo.

Segundo Rubio, Washington ainda busca uma saída diplomática, mas reconhece que pode não haver acordo. Ele reiterou a exigência de Israel de que o Hamas se desarme, se dissolva e liberte todos os reféns para que o conflito chegue ao fim.

O grupo palestino, por sua vez, afirmou estar disposto a libertar os reféns em troca de um cessar-fogo permanente e da retirada das tropas israelenses, mas rejeita abrir mão de suas armas antes da criação de um Estado palestino — condição que Israel se recusa a aceitar.

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